BRASÍLIA - Resgatada para instaurar o Plano Nacional da Banda Larga (PNBL), a Telebrás deve voltar à ativa nos próximos dois meses, prevê o presidente da estatal, Rogério Santanna. Ex-secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Santanna diz, em entrevista ao site EXAME, que apostaria nos papeis da Telebrás e rebate as críticas de que a banda larga do governo seria lenta.
Exame - Quais as oportunidades que o senhor enxerga na nova fase da Telebrás?
Rogério Santanna - Nós temos a oportunidade de resgatar um atraso da penetração da banda larga. Hoje a banda larga no Brasil é essencialmente concentrada nas regiões urbanas, nos bairros mais ricos das cidades. O pacote médio de entrada na banda larga é de R$ 96 e nós queremos que esse valor caia para R$ 35. E ainda oferecer uma velocidade pelo menos aceitável para utilizar as aplicações de hoje. À medida que as aplicações demandem mais velocidade, nós também temos que elevar a velocidade e acompanhar a exigência de uma boa utilização para os principais serviços oferecidos hoje pela internet.
Exame - Já existe uma projeção de quanto será a velocidade média da internet oferecida pelo Plano Nacional da Banda Larga?
Rogério Santanna - Nós modelamos um acesso com a velocidade entre 512 e 794 Kbps com a pretensão de que, dado esse preço, a velocidade a cada ano cresça mais 10%. O que quer dizer que a cada ano fica mais barato comprar a mesma velocidade. Nós vamos oferecer mais velocidade pelo mesmo preço, de forma que em 2014 o plano possa estar oferecendo 2 Mb por esses mesmo R$ 35.
Exame - Alguns especialistas têm apontado que a banda larga do governo não é, de fato, banda larga já estará na faixa de um terço da velocidade considerada banda larga pelos padrões internacionais (1,5 Mb). Como o governo se posiciona nessa questão?
Rogério Santanna - O complicado é lançar a infraestrutura da conexão da linha principal até a cidade e esta é uma estrutura que falta no mundo inteiro. É caro fazer essa montagem. Depois, aumentar a velocidade é questão de demanda, se há mais demanda, não há problema. E o que o Governo Federal propôs é oferecer um pacote de entrada mais barato, não um limitador de velocidade. O pacote de entrada hoje, de 256 Kbps, custa R$ 65. E se os que estão reclamando disso estão falando a verdade, o Brasil não tem banda larga porque só 1% das conexões são acima de 8 Mb e 34% das conexões são até 256 Kbps. Portanto, a população brasileira que contrata internet hoje não conhece banda larga, porque de fato não temos. O plano evita definir o que é uma conexão rápida porque ela muda com o tempo em função dos aumentos das aplicações. E esse é um pacote de entrada, não é um pacote máximo ou um pacote médio a ser oferecido. Isso significa que o brasileiro que tiver menos dinheiro vai poder contratar essa velocidade por R$ 35, mas quem tiver mais dinheiro vai poder contratar velocidades muito mais altas, por um preço muito mais baixo do que o praticado hoje.
Fonte: http://info.abril.com.br/
Exame - Quais as oportunidades que o senhor enxerga na nova fase da Telebrás?
Rogério Santanna - Nós temos a oportunidade de resgatar um atraso da penetração da banda larga. Hoje a banda larga no Brasil é essencialmente concentrada nas regiões urbanas, nos bairros mais ricos das cidades. O pacote médio de entrada na banda larga é de R$ 96 e nós queremos que esse valor caia para R$ 35. E ainda oferecer uma velocidade pelo menos aceitável para utilizar as aplicações de hoje. À medida que as aplicações demandem mais velocidade, nós também temos que elevar a velocidade e acompanhar a exigência de uma boa utilização para os principais serviços oferecidos hoje pela internet.
Exame - Já existe uma projeção de quanto será a velocidade média da internet oferecida pelo Plano Nacional da Banda Larga?
Rogério Santanna - Nós modelamos um acesso com a velocidade entre 512 e 794 Kbps com a pretensão de que, dado esse preço, a velocidade a cada ano cresça mais 10%. O que quer dizer que a cada ano fica mais barato comprar a mesma velocidade. Nós vamos oferecer mais velocidade pelo mesmo preço, de forma que em 2014 o plano possa estar oferecendo 2 Mb por esses mesmo R$ 35.
Exame - Alguns especialistas têm apontado que a banda larga do governo não é, de fato, banda larga já estará na faixa de um terço da velocidade considerada banda larga pelos padrões internacionais (1,5 Mb). Como o governo se posiciona nessa questão?
Rogério Santanna - O complicado é lançar a infraestrutura da conexão da linha principal até a cidade e esta é uma estrutura que falta no mundo inteiro. É caro fazer essa montagem. Depois, aumentar a velocidade é questão de demanda, se há mais demanda, não há problema. E o que o Governo Federal propôs é oferecer um pacote de entrada mais barato, não um limitador de velocidade. O pacote de entrada hoje, de 256 Kbps, custa R$ 65. E se os que estão reclamando disso estão falando a verdade, o Brasil não tem banda larga porque só 1% das conexões são acima de 8 Mb e 34% das conexões são até 256 Kbps. Portanto, a população brasileira que contrata internet hoje não conhece banda larga, porque de fato não temos. O plano evita definir o que é uma conexão rápida porque ela muda com o tempo em função dos aumentos das aplicações. E esse é um pacote de entrada, não é um pacote máximo ou um pacote médio a ser oferecido. Isso significa que o brasileiro que tiver menos dinheiro vai poder contratar essa velocidade por R$ 35, mas quem tiver mais dinheiro vai poder contratar velocidades muito mais altas, por um preço muito mais baixo do que o praticado hoje.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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