sexta-feira, maio 28, 2010

O futuro da web, segundo a Opera


O diretor de normalização da Opera, Charles McCathieNevile, ou apenas Chaals, conta os desafios da empresa e de seus navegadores: ´a preocupação e a missão da internet são padrões abertos


SÃO PAULO – De um lado, um poderio instalado na Rússia e em alguns países vizinhos tenta se equilibrar; do outro, no ocidente, os rivais dos Estados Unidos continuam o processo de expansão.


O cenário pode parecer de uma Guerra Fria, mas a batalha é atual, estritamente mercadológica e não sai dos computadores. A chamada “briga dos browsers” reúne, hoje, quatro grandes forças que se digladiam na maioria dos países da parte oeste do globo - Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e Apple Safari – e outra isolada à leste, quase sempre esquecida em pesquisas, mas de grande relevância para o mundo da web: a Opera.
Com sede norueguesa e completando quinze anos de idade em 2010, a Opera Software cresce no mercado móvel mundial e detém o posto de líder de preferência em todas as categorias entre alguns países do leste europeu e da Ásia. Mas isso, para a competitividade atual, não é o suficiente.


A rentabilidade ainda relativamente baixa dos browsers móveis e o crescimento das empresas rivais em todos os setores da internet, como buscas e aplicações dominadas por Google e Microsoft, dão um tom emergencial para a necessidade de expansão da Opera. O atalho para isso, segundo seus comandantes, é chegar a mercados pouco ou não muito desenvolvidos e criar ferramentas compatíveis com as máquinas desses países.


Não à toa, a companhia trouxe ao Brasil um dos seus grandes representantes nesta semana, Charles McCathieNevile, ou apenas Chaals, diretor de normalização da Opera Software, que conversou com exclusividade com INFO ONLINE para comentar alguns dos planos da empresa e como vê o futuro da web.

Confira suas opiniões no bate-papo abaixo:

INFO ONLINE: Nos Estados Unidos e no Brasil, a versão desktop do Opera não tem tanto alcance, mas, na Rússia, lidera com folga em todas as plataformas. A que se deve esse sucesso?

CHAALS: Os russos sempre buscam o que querem, pois tem uma iniciação às tecnologias bastante técnica e um conhecimento muito acima da média mundial. Opera adaptou a estrutura básica e aproveitou o máximo possível. A Rússia foi um dos poucos países que aceitaram o Opera mesmo quando ele era pago, até meados de 2005, embora muitos usassem cracks, é verdade. Nos Estados Unidos e na Europa, foi uma desvantagem vender o browser, por isso, muitas pessoas escolheram outros. Ainda assim, depois que passamos a ser gratuitos, continuamos sendo o primeiro na Rússia, seguidos por Firefox. Na Ucrânia e Bielorússia, em outros países do Leste Europeu e alguns asiáticos, somos os primeiros também nos browsers para desktops. Vemos na Rússia, ainda, algo impressionante também na plataforma móvel: Opera Mini tem 5% do mercado total de browsers do país, incluindo desktops.




Fonte: http://info.abril.com.br/

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