Roteadores tem características diferentes dependendo do tipo de uso
Um roteador não é exatamente o tipo de hardware que cause frisson nos usuários ou comova multidões. Ao contrário de um notebook ou um smartphone, a decisão de compra de um roteador costuma gerar menos reflexão por parte dos consumidores.
De fato, não há razões para dizer “uau, que roteador!”, ao cruzar com um deles numa loja. Mas a escolha adequada desse dispositivo influencia decisivamente o desempenho de algo que nos é muito caro (em todos os sentidos): a estabilidade e velocidade de navegação na internet.
Nos últimos meses, passaram pelo INFOLAB produtos da Edimax, Linksys e D-link, todos com perfis bem diferentes. O mais bonito (e também o mais caro, pois custa R$ 399) é o Linksys WRT 160 N, que suporta padrão 802.11 n.
Com duas antenas internas, o modelo da Linksys foi o que apresentou melhor velocidade de tráfego de dados – especialmente quando o computador está longe do roteador ou em ambientes com várias paredes.
Nos testes, o Linksys WRT160N mostrou boa velocidade a curta distância, trabalhando a 41 Mbps. Com quatro medições num raio de até 15 metros, a média ficou em 33 Mbps. Quando o micro estava afastado da antena, a velocidade caiu para 28 Mbps, em média. A 15 metros de distância, a intensidade do sinal ficou em 77%.
Já o dispositivo da D-Link, o modelos DIR 600, apresentou velocidade a curta distância de 42 Mbps. A média de quatro medições, num raio de até 15 metros, ficou em 27,9 Mbps. O sinal, porém, não foi dos mais fortes, apesar de não engasgar em momento algum. Quando o micro estava afastado da antena, a velocidade caiu para 28 Mbps, em média.
Em termos de velocidade, portanto, o desempenho dos roteadores foi bem similar. O modelo da D-Link, porém, é bem mais barato (R$ 189), ainda que conte com um design quadradão.
Na prática, o roteador D-Link é uma versão eficaz para quem mora num apartamento pequeno e não usará a conexão muito afastado do roteador ou separado por muitas paredes. O modelo da Lynksys, por outro lado, vale o investimento para quem mora em uma casa maior e não quer sofrer com instabilidades causadas por distância ou excesso de barreiras físicas entre o PC e o roteador.
A terceira opção, o modelo 3G-6200Wg, da Edimax, tem preço intermediário (R$ 293) e uma vantagem que seus competidores não têm: é multifuncional. O dispositivo pode funcionar com um modem 3G acoplado a ele ou, ainda, como servidor de impressão.
Mesmo utilizando o padrão 802.11g para o Wi-Fi, o modelo 3em1 atingiu velocidade média de 25,1 Mbps, com picos de 28,1 Mbps (números referentes ao TCP Throughput, medido pelo programa Ixia Qcheck). A intensidade do sinal ficou em 75%, num ambiente doméstico, à distância máxima de 15 metros. A qualidade da transferência foi boa e não engasgou em momento algum. Já no teste com 3G, o roteador pecou pela falta de velocidade, levando alguns segundos para se conectar.
Nas notas do INFOLAB, o equipamento mais caro saiu-se melhor. O produto da Linksys WRT 160 N obteve nota 7,9 no quesito custo/benefício. O roteador da D-Link ficou em empate técnico: 7,8 e o produto da Edimax obteve 7.1.
Pelas características similares, o que pesa na decisão de comprar é o tipo de uso que você pretende dar a seu roteador.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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