sexta-feira, novembro 20, 2009

Quadrilhas online aproveitam gripe suína para faturar


Quadrilhas estão faturando milhões de dólares com a gripe suína, vendendo remédios falsificados pela internet, segundo informou uma companhia de segurança de computadores nesta segunda-feira. A Sophos, uma produtora britânica de software de segurança, anunciou ter interceptado milhões de mensagens de spam e sites contendo falsas mensagens farmacêuticas este ano, muitos dos quais oferecendo versões falsificadas de remédios de combate ao vírus H1N1, como o Tamiflu.
O Tamiflu, um medicamento comercializado pela Roche e conhecido em sua forma genérica como oseltamivir, é a principal droga recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para tratar e desacelerar o avanço dos sintomas da gripe. A GlaxoSmithKline produz o Relenza, outro medicamento antivírus usado no combate à gripe.
A Sophos afirmou que muitas das quadrilhas que divulgam esses anúncios operam a partir da Rússia e que os cinco países em que mais se compra versões falsas do Tamiflu e outros remédios online são os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá e França.
Segundo a empresa de segurança na web, as quadrilhas operam sites de vendas de remédios identificados como "Canadian Pharmacy" para se fazerem passar por páginas legítimas.
Graham Cluley, porta-voz da Sophos, disse que uma "tendência preocupante" de formação de estoques já havia sido vista no Reino Unido, o país europeu mais atingido pela gripe suína, até o momento. "À medida que mais e mais casos de gripe suína vêm à luz, é essencial que resistamos à tentação, gerada pelo pânico, de adquirir Tamiflu online", disse.
"As quadrilhas que trabalham nos bastidores por meio de falsas drogarias online colocam a saúde, as informações pessoais e os detalhes de cartões de crédito de seus clientes em risco", afirmou. A OMS, sediada em Genebra, que declarou a gripe provocada pelo H1N1 uma pandemia em junho passado, atualizou sua orientação aos médicos na semana passada e determinou que medicamentos devem ser administrados antes mesmo de testes que provem que um paciente em risco porta o vírus.

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