terça-feira, setembro 22, 2009

Celulares "movidos a Google" invadem o mercado


Na última semana, HTC e Samsung anunciaram o lançamento de celulares com sistema operacional Android no mercado brasileiro. Mas isso é apenas o começo, já que Motorola e Huawei também preparam seus aparelhos para chegar às lojas até o Natal.

A promessa dos fabricantes ao falar de Android é manter a vida do usuário sempre conectada. Os aparelhos contam com widgets e aplicativos que trazem as principais redes sociais (Twitter, Facebook, MySpace) para a tela principal do celular. Uma característica comum aos aparelhos já existentes no mercado com Android é a tela sensível ao toque, capaz de realizar ações multitoque (como dar zoom em uma página da web ou uma foto ao mover dois dedos, por exemplo).
¿Um smartphone hoje precisa ter uma tela de alta resolução, navegador HTML completo, conectividade em qualquer lugar, boa qualidade nas ligações e oferecer um sistema operacional capaz de realizar múltiplas tarefas simultaneamente¿, diz Sanjay Jha, CEO da unidade de celulares da Motorola. Determinados modelos vêm com teclado QWERTY integrado.
Câmera digital, filmadora, Wi-Fi, Bluetooth e GPS costumam ser recursos comuns aos aparelhos com Android, que ainda reproduzem vídeos e músicas em MP3 e navegam na internet com um browser similar ao do PC, incluindo acesso a páginas com animações em Flash. Além disso, dão acesso rápido a serviços do Google, como e-mail e mapas, e à loja Android Market, que vende aplicativos para o celular.
O primeiro celular com Android a ser lançado foi o G1, da HTC, que nunca chegou ao mercado brasileiro. Lançado em setembro de 2008 nos Estados Unidos, trazia o teclado integrado e um design diferente (com uma espécie de ¿queixo¿ em uma das extremidades) e foi o pioneiro entre os ¿Google phones¿.
Mas o próprio Google já disse que não pretende fabricar seus aparelhos e, apesar de ter criado o Android e incentivado o desenvolvimento do sistema, o Google é apenas mais um participante da Open Handset Alliance (OHA). Hoje, o Android é feito sob resoponsabilidade da OHA, entidade que reúne operadoras, fabricantes de celular e fornecedores de serviços. O Android, baseado no Linux, foi criado e é distribuído sob uma licença de código aberto.
Um ano depois do lançamento quase que exclusivo nos Estados Unidos, o Android começa a dar seus primeiros passos por aqui. Ainda em setembro, a Samsung coloca nas lojas seu smartphone Galaxy, modelo sem teclado, por um preço sugerido de R$ 1.799 (em um plano pré-pago). Esse modelo será vendido inicialmente pela Tim.
Em outubro, a HTC lança seu Magic, aparelho que não tem preço nem operadora definidos ainda. Apesar de ter outros modelos à venda nos EUA e na Europa ¿ entre eles o G1, o Hero e o Tattoo, nenhum com previsão de lançamento local -, o Magic chega ao Brasil com um recurso a mais: virá com a interface Sense, desenvolvida pela fabricante para o Hero, e que permite personalizar ao máximo as sete telas (uma central, três para a direita, três para a esquerda) do celular.
O final do ano reserva mais surpresas no mundo do Android ¿made in Brazil¿. A Motorola, que anunciou no início de setembro o lançamento do celular MotoDext, disse que lança o aparelho no ¿último trimestre¿ pela Claro no Brasil (e América Móvil no resto da região).
O Dext virá com o serviço MotoBlur, que integra redes sociais e serviços online ao aparelho, mas não está definido ainda um modelo de cobrançå para o MotoBlur. E a Huawei, que apresentou o modelo Pulse na Europa também no começo de setembro, também promete lançar seu smartphone com Android no País até o período de compras para o final do ano.
A LG também mostrou um modelo com teclado, o GW620, que sai na Europa no fim do ano, sem previsão para lançamento no Brasil ainda.
No Brasil, o Android Market está restrito, em um primeiro momento, a aplicativos gratuitos. Segundo o Google, a responsabilidade de venda de aplicativos pagos e da negociação com operadoras sobre a cobrança deles (direto na conta do celular ou via cartão de crédito) fica por conta da Open Handset Alliance, que não tem representante local.


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