O piloto suíço Yves Rossy fracassou nesta quarta-feira em sua tentativa de sobrevoar o estreito de Gibraltar, que separa o Marrocos da Espanha, utilizando asas com propulsão a jato e seu corpo como fuselagem. Rossy, 50 anos, partiu da praia de Tânger, no norte do Marrocos, em um avião Pilatus PC-6 do qual se lançou pouco depois a uma altura de 2 mil metros sobre o Oceano Atlântico, segundo as imagens transmitidas ao vivo em seu site. Ele pretendia ser a primeira pessoa a realizar um voo intercontinental com uma asa de propulsão a jato.
Depois de uma queda vertiginosa de vários metros, Rossy conseguiu sobrevoar o Estreito durante alguns minutos a uma velocidade de cruzeiro de 220 km/hora, mas aparentemente um problema técnico o obrigou a interromper o voo e ele caiu no mar.
Dois helicópteros o seguiam durante o começo do trajeto, mas, ao final de alguns minutos, o perderam de vista, e por isso não foi possível ver o pouso forçado de Rossy, que posteriormente foi auxiliado por um dos aparelhos.
A asa de fibra de carbono tem uma envergadura de 2,5 metros e pode alcançar uma velocidade máxima de 300 km/h graças a seus quatro minimotores Jet-Cat P200.
No ano passado, Rossy, que se autointitula "Jetman" ou "Fusionman", entrou para o Guinness World Records ao ser o primeiro a atravessar o Canal da Mancha com o mesmo tipo de equipamento. Ele cruzou o Canal da Mancha com suas asas motorizadas em 26 de setembro de 2008 entre Calais (França) e Dover (Inglaterra).
Sem instrumentos
Rossy, que já foi piloto de caças e hoje é comandante de voos comerciais da companhia aérea Swiss, diz que seu sonho sempre foi "voar como um pássaro". Ao longo de sua carreira amadora, ele desenvolveu 15 asas.
O modelo que usa atualmente possui quatro turbinas movidas a querosene. A asa tem uma envergadura de 2,5 metros e pesa cerca de 55 kg quando carregada de combustível.
"Eu navego apenas pela minha própria visão e manobro usando os movimentos do meu corpo, principalmente cabeça, ombros e braços. O único instrumento que uso é o medidor de combustível", explicou Rossy em seu site.
Após completar este desafio, ele espera um dia poder sobrevoar o Grand Canyon, nos Estados Unidos.
Fonte: www.terra.com.br
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