O mercado de serviços financeiros em celular para as pessoas pobres de países emergentes subirá de zero para US$ 5 bilhões em 2012, de acordo com o CGAP, um centro de pesquisa e planejamento sobre microcrédito sediado nos Estados Unidos.
Os serviços financeiros em celular são um dos temas mais quentes no mundo da comunicação sem fio, mas até o momento sua aceitação vem se limitando a alguns poucos mercados emergentes, já que nos países desenvolvidos a popularidade dos serviços bancários online limita a ascensão dos serviços bancários em celular.
"Há muito entusiasmo, mas pouca compreensão quanto ao que está acontecendo, porque o número de implementações ainda é limitado", disse Mark Pickens, analista de microfinanciamento do CGAP, na segunda-feira.
O mercado surgiu no começo de 2007, com o lançamento do M-PES, pela Safaricom, no Quênia. O serviço atraiu 6,5 milhões de usuários, ou um em cada seis quenianos.
Operadoras de telefonia móvel em diversos países seguiram esse exemplo, e pelo final de 2009 a CGAP antecipa que mais de 120 serviços bancários para celulares estejam implementados nos mercados em desenvolvimento.
As novas estimativas são parte de um estudo conjunto entre o GCAP e a GSMA, uma organização setorial de empresas de telefonia móvel, para estimar a dimensão dos mercados financeiros para serviços celulares. O estudo será publicado na semana que vem durante a Mobile Money Summit, em Barcelona.
Pickens disse que, além dos US$ 5 bilhões, as operadoras de telefonia móvel poderiam economizar até US$ 2 bilhões devido a um giro menor de clientes, e que a aceitação dos serviços financeiros poderia elevar sua receita média mensal de US$ 1,10 por usuário.
Na África, apenas uma em cada cinco pessoas tem conta em banco, em larga medida devido aos custos proibitivos para as instituições de operar agências nas regiões dispersas de um continente no qual boa parte do bilhão de moradores sobrevive com menos de US$ 1 ao dia.
Mas a telefonia móvel está se expandindo com muita rapidez, e atingiu 270 milhões de usuários em 2007 ante apenas 50 milhões em 2003, de acordo com a GSMA.
Fonte: www.terra.com.br
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