segunda-feira, agosto 08, 2011

245 mil vagas de trabalho até 2014


Estudo anual do Senai-CE aponta elevação na oferta de vagas na indústria, por conta dos investimentos públicos e privados que ocorrerão nos próximos três anos.

Duzentos e quarenta e cinco mil postos de trabalho deverão ser gerados, nos próximos três anos, no Ceará, até 2014. A estimativa é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-CE), a partir de um estudo realizado pela Unidade de Tendência e Prospecção do Senai Nacional, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o diretor regional do Senai-CE, Francisco das Chagas Magalhães, o objetivo do estudo, que toma como base dados de 2010, é manter um observatório permanente do setor industrial e dispor, anualmente, de um roteiro para a demanda de cursos a serem ofertados pelo órgão, no Ceará.

De acordo com a pesquisa, o maior número de vagas ofertadas será na área de construção civil, com uma demanda média de 30 mil novos postos de trabalho por ano, totalizando 90 mil, nos próximos três anos. Em segundo lugar, está a área de metalmecânica, com 30 mil vagas, no total, seguida dos setores de couro e calçados, com 24 mil, alimentos (21 mil), confecção e vestuário (21 mil), logística e transporte (18 mil), têxtil (12 mil), energia e telecomunicações (10,5 mil), eletroeletrônica (10,5 mil), informática (6 mil), siderurgia (1,5 mil) e petróleo e gás (600).

Magalhães afirma que essa explosão de empregos na indústria, nesse período, é fruto dos novos empreendimentos e dos investimentos dos governos estadual e federal que já estão acontecendo e dos que ainda irão se instalar, no Ceará, até 2014. Dentre esses investimentos, ele cita as obras do Complexo Portuário do Pecém, como a refinaria e a siderúrgica, a Transnordestina, o Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC), com o programa “Minha casa, minha vida” e as obras voltadas para a infraestrutura da Copa do Mundo, como a reforma do estádio Castelão e a ampliação do fluxo viário de Fortaleza.

O aumento da demanda por mão-de-obra na construção civil é confirmado pelo vice-presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil, no Ceará, (Sinduscon-CE), André Montenegro, que aponta o aquecimento e a falta de profissionais qualificados como as principais causas da elevação. Para ele, a melhoria no poder aquisitivo e o déficit habitacional, que em Fortaleza é calculado em 150 mil habitações, são os principais responsáveis pelo bom momento vivido pela construção civil.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Ceará (Simec), Ricard Pereira, os números do estudo para o setor metalmecânico, que prevê um incremento de 30 mil vagas, no período, podem estar superestimados. Ele afirma que as projeções da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) para o período de implantação são da ordem de 14 mil vagas e incluem outros setores, como a construção civil.

Ricard afirma que o setor mantém cerca de 20 mil a 25 mil trabalhadores, hoje, no Ceará e que há uma carência de mão-de-obra qualificada, até mesmo por conta da concorrência com outros estados, como Pernambuco, por exemplo. Sua estimativa é que a demanda por vagas na área de metalurgia, nos próximos três anos, cresça em torno de 10 mil postos de trabalho adicionais.

Por que

ENTENDA A NOTÍCIA
Os recentes empreendimentos dos governos estadual e federal, e de empresas privadas, em obras como a siderúrgica, refinaria , reforma do estádio Castelão e demais investimentos para a Copa do Mundo de 2014 deverão elevar a oferta de postos de trabalho na área industrial, nos próximos três anos.

Fonte: http://www.opovo.com.br/

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