sábado, maio 14, 2011

Preços de petróleo e gás fazem Repsol lucrar mais 11,2%


Ajudada pela alta dos preços de realização do petróleo e do gás, a Repsol obteve lucro líquido de 765 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, 11,2% a mais do que no mesmo período do exercício anterior. Sem considerar os resultados extraordinários, o lucro líquido recorrente da Repsol melhorou 23,4%, chegando a 791 milhões de euros.


Além dos aumento do preço do petróleo (13,4%) e do gás da (14,8%), também contribuiu para o resultado os melhores resultados da divisão de gás natural liqüefeito (GNL) e a recuperação do negócio químico.

O resultado de exploração do grupo durante o primeiro trimestre do ano aumentou 4,7%, alcançando 1,61 bilhão de euros. Todos os negócios estratégicos da Repsol experimentaram crescimento em seus resultados operacionais, enquanto que os resultados operacionais das suas participadas caíram ligeiramente. A YPF reduziu os seus resultados em 6,8% e a Gás Natural Fenosa em 3,5%.

A dívida financeira líquida, excluindo a Gás Natural Fenosa, situou-se em 2,18 bilhões de euros no final do trimestre. A proporção da dívida líquida sobre capital empregado foi de 6,9% no final do período.

A geração de caixa permitiu empreender com folga os investimentos contemplados no plano estratégico. O Ebitda do grupo alcançou, no primeiro trimestre, 2,51 bilhões de euros, com investimentos no valor de 1,10 bilhão de euros, 43% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

Durante os últimos meses, a Repsol avançou significativamente em sua estratégia de desinvestimento parcial na sua participada argentina YPF, com o objetivo de situar a participação em 51%. Depois dos desinvestimentos feitos no final do ano passado, durante o primeiro trimestre de 2011, foi acordada a venda de 3,8% a vários fundos de investimento e foi realizada a colocação de outros 7,7% do capital da YPF através de uma Oferta Pública Venda (OPV) lançada e fechada com sucesso no mês de março.

Resultados operacionais

O resultado operacional da área de upstream (parte da cadeia produtiva que antecede o refino), no primeiro trimestre, subiu para 490 milhões de euros, 13,4% a mais que no mesmo trimestre do exercício anterior. Tal crescimento é explicado pelos mais altos preços de realização do petróleo e do gás e pelos menores custos exploratórios principalmente.

Também contribuiu o aumento do preço de realização do gás da Repsol em 14,8%, frente à queda da cotação internacional do Henry Hub, de 22,6% no período. Os preços internacionais do Brent aumentaram no trimestre 38% e os da Repsol 13,4%.

Esses preços de realização tiveram impacto positivo de 153 milhões de euros no resultado operacional recorrente da área, enquanto que o menor custo exploratório, a apreciação do dólar frente ao euro e as menores amortizações pela diminuição do volume de produção, sobretudo nos Estados Unidos, somaram 46 milhões de euros ao resultado. Tudo isso compensou o impacto do menor volume de produção, em especial de líquidos.

A produção de hidrocarbonetos do trimestre alcançou 324.348 barris equivalentes de petróleo ao dia, 7,4% a menos que no mesmo período de 2010. A diminuição é explicada por fatores circunstanciais como a suspensão de operações na Líbia e a atividade de manutenção em Trindade e Tobago.

Os investimentos na área de upstream totalizaram 437 milhões de euros, 216,7% a mais do que nos três primeiros meses de 2010. O investimento destinado ao desenvolvimento de campos representou 36% do total e foi feito fundamentalmente nos Estados Unidos, na Venezuela, na Bolívia, no Brasil e no Peru; os investimentos em exploração foram destinados principalmente ao Brasil e aos Estados Unidos.

O resultado operacional no primeiro trimestre do ano do negócio de GNL subiu para 115 milhões de euros, com uma melhora de 238,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esses resultados se baseiam no crescimento do volume de vendas, basicamente no Peru LNG e em Canaport (Canadá), e nas maiores margens de comercialização.

Refino

O resultado operacional da área de downstream (refino, marketing, GLP, trading e química), no primeiro trimestre de 2011, subiu para 445 milhões de euros, o que supõe, segundo a empresa, um aumento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Excluindo o efeito inventário, o resultado operacional subiu para 217 milhões de euros, com um crescimento de 15,4%.

No negócio de refino, o maior volume destilado na Espanha e a otimização da produção contribuíram para o resultado de 11 milhões de euros. Quanto ao negócio de GLP, as margens de envasado se mantiveram em linha com as do mesmo período do ano anterior, devido à defasagem temporal na fórmula com a qual são calculadas pelo governo da Espanha, o que afeta negativamente os resultados deste negócio.

Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=94801

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