sábado, fevereiro 05, 2011

Bacia Potiguar: maior campo produtor terrestre


O maior campo produtor terrestre do Brasil está no Rio Grande do Norte (RN): o Canto do Amaro, com 23 mil barris de petróleo por dia. Após três anos sem perfurar no mar do Estado, a Petrobras recebeu do Ibama duas licenças para perfuração e completação de poços na Bacia Potiguar, no último mês de fevereiro.

A primeira, emitida no dia 4, libera a perfuração de 10 poços da área geográfica do Bloco Marítimo da Bacia Potiguar 11 (BM-POT 11) e nos Campos de Ubarana, Agulha, Oeste de Ubarana, Cioba, Guajá, Salema Branca e Biquara. Esta região está localizada na costa do Rio Grande do Norte, a cerca de 30 km da costa de Guamaré e Macau. Os poços serão perfurados em locais onde a profundidade da água varia entre 15 e 40 metros. Os trabalhos de perfuração começaram no dia 10 de fevereiro.

A segunda licença foi emitida no dia 13 de fevereiro para perfuração de 10 poços na área do Bloco Marítimo BM-POT-13 e os campos de Arabaiana, Dentão, Guaiúba e Pescada. Esses poços serão perfurados a uma distância mínima de 19 quilômetros e máxima de 50 quilômetros da costa, em frente aos municípios de Macau, Porto do Mangue e Areia Branca (RN). As perfurações serão realizadas em águas rasas, em profundidades que variam entre 17 e 34 metros.

A Bacia Potiguar possui 15 campos no mar produzindo óleo e gás, situados principalmente no Rio Grande do Norte, mas com um pedaço no Ceará. Na décima rodada de licitação da ANP, 14 blocos foram arrematados. Só a Petrobras levou sozinha os blocos POT-T-515, POT-T-560, POT-T-600, POT-T-602, POT-T-609, POT-T-610. Em parceria com a Partex, sediada nas Ilhas Cayman, a Petrobras ficou com os blocos POT-T-556 e POT-T-601. Em parceria com a Petrogal, a estatal arrematou os blocos POT-T-563, POT-T-564, POT-T-608, POT-T-699 e POT-T-743. O consórcio Sipet, Companhia de Exploração e Produção de Petróleo e Gás, Orteng, Cemig e Codemig arrematou a POT-T-603.

Em março, a Petrobras descobriu em terra vestígios de petróleo nos blocos POT-T-394 e POT-T-558, ambos localizados na bacia. As concessões dos poços são detidas pelos consórcios da Petrobras com as petrolíferas portuguesas Petrogal e Partex, respectivamente. Entretanto, as empresas ainda não comprovaram a viabilidade da comercialização do óleo encontrado.
A produção do lado do Rio Grande do Norte é realizada em Aracati e Icapuí, com cerca de 500 poços terrestres. Na porção cearense desta bacia, estão previstas também atividades em águas profundas, contemplando estudos geológicos e geofísicos, que culminarão na perfuração de dois poços exploratórios até o ano de 2012.

Na Bacia Potiguar,estão em andamento os estudos geológicos e geofísicos que darão suporte ao posicionamento dos poços a serem perfurados. A maioria dos campos petrolíferos na Bacia Potiguar estão situados no interior ou nas bordas do Graben Potiguar.

Investimentos para 2009
O Plano de Negócios da Petrobras 2009 da Petrobras prevê o investimento de R$ 1,4 bilhão na área de Exploração e Produção (E&P) de petróleo no Rio Grande do Norte. Isto representa um aumento de 16% em cima do valor aplicado em 2008, que foi de R$ 1,2 bilhão. Estes recursos serão aplicados na região, principalmente, em perfuração de poços e desenvolvimento de novos projetos, tanto para a prospecção de petróleo quanto de gás natural.

O Rio Grande do Norte, maior pólo produtor de petróleo onshore do Brasil, identificou seu primeiro óleo em terra de maneira inusitada. Um poço perfurado em 1979 para abastecer de água quente as piscinas do Hotel Thermas, que estava sendo construído em Mossoró, produziu óleo inesperadamente. A Petrobras foi chamada e constatou que a substância era realmente petróleo.
Neste hotel, em dezembro de 1979, entrou em operação o primeiro poço em terra: o MO-14, um marco do desenvolvimento da região. A partir daí, a produção de petróleo no Estado, antes limitada às águas rasas, diversificou seu perfil e ganhou novo fôlego. Ainda em plena atividade, o poço pioneiro MO-14, situado ao lado das piscinas de águas termais, é uma das atrações do Hotel Thermas e hoje é movido a energia solar.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

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