Cerca de uma dezena de bacias sedimentares estão situadas na Amazônia Legal Brasileira, perfazendo quase dois terços dessa área territorial. Três delas - bacias do Solimões, Amazonas e Paranaíba - são as mais importantes, não só pelo tamanho - juntas ocupam aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros quadrados - mas principalmente pelo seu potencial.
A bacia do Solimões é a terceira bacia sedimentar em produção de óleo no Brasil, com uma reserva de 132 milhões de barris de petróleo. No entanto, a principal vocação da Amazônia é o gás natural. O estado do Amazonas tem a segunda maior reserva brasileira de gás natural do país, com um total de 44,5 bilhões de metros cúbicos. Nas outras duas bacias também têm sido encontradas acumulações de gás.
Em outubro de 1986, o sonho de prospecção petrolífera na Amazônia tornou-se realidade com a descoberta da província do Urucu, a 600 quilômetros de Manaus. Dois anos depois, o óleo já estava sendo escoado por balsas, através do rio Solimões, até a Refinaria Isaac Sabbá (UN-Reman), na capital do estado. Em 1998 teve início a operação do poliduto, com 285 Km de extensão, entre Urucu e Coari, cidade mais próxima da base petrolífera. O petróleo de Urucu é considerado o de melhor qualidade no país e dele são produzidos, principalmente, derivados mais nobres (de alto valor agregado) como diesel e nafta
A região Amazônica já é auto-suficiente em petróleo e parte de sua produção é exportada para outras refinarias da Petrobras, localizadas em diferentes regiões do país. Cerca de 92% da capacidade da UN-Reman é ocupada pelo petróleo de Urucu.
A exploração de petróleo na Amazônia, como também a atividade de produção, é mais difícil que em outras áreas terrestres do Brasil. As dificuldades operacionais estão relacionadas à localização das bacias, especialmente as do Solimões e Amazonas. Elas estão situadas em áreas remotas e florestadas, de difícil acesso, com muitas reservas indígenas e florestais, o que causa restrições operacionais e legais.
Exploração offshore ainda é sonho distante
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a quem as empresas operadoras (players) precisam prestar conta no caso de descobertas, na porção offshore da região foram detectados indícios de hidrocarbonetos (óleo e gás). Mas só quando acabar a fase de exploração, período em que são feitos os estudos sísmicos e a perfuração de poços é que se terá idéia do potencial de produção no mar.
Por enquanto, o forte mesmo na região é a exploração em terra, setor que já está organizado, principalmente devido ao trabalho realizado pelo Programa Cadeia Produtiva de Petróleo & Gás (PCPP&G), resultante do convênio entre a Petrobras e o Sebrae do Amazonas, em prol do desenvolvimento dos fornecedores locais.
Fonte: http://www.clickmacae.com.br/
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