Desde Mataripe (primeira refinaria brasileira e atual Refinaria Landulpho Alves - BA) em meados da década de 50, até os dias atuais, o parque de refino brasileiro não pára de crescer, absorvendo grandes contratações. De lá para cá, a Petrobras já conta com 11 unidades de processo no Brasil e quatro no exterior. Isso fora as duas únicas refinarias privadas do país - Manguinhos, no Rio de Janeiro, que processa 15 mil barris diários de petróleo, e a Ipiranga, no Rio Grande do Sul.
No entanto, além de não trabalhar com toda a capacidade instalada, a estrutura de refino brasileira foi projetada para processar óleo leve, sendo que a maior parte das reservas nacionais é de óleo pesado. Isso significa que nem todo petróleo extraído do solo brasileiro pode ser transformado em nossas próprias unidades. Esse é o motivo que obriga o país a continuar importando óleo, embora tenha atingido a auto-suficiência.
Nesse contexto de investimentos bilionários, é importante lembrar que toda infra-estrutura necessária à manutenção das operações de refino, guarda semelhanças muito grandes com a indústria de Exploração e Produção (E&P). Só em equipamentos como vasos, bombas, motores elétricos, fornos, ventiladores, compressores, instrumentos, válvulas de segurança e tanques as refinarias consomem valores estrondosos, não só na aquisição, mas principalmente na manutenção de toda essa estrutura em funcionamento (ver números).
Apesar de não ser em alto-mar, o esquema de refino prevê muitas outras características comuns ao setor de E&P, como ambientes insalubres, manejo de produtos perigosos e movimentação de cargas pesadas, fazendo com que os requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e treinamentos de segurança sejam imprescindíveis.
Setores como o metal-mecânico, eletroeletrônico, hidráulico, pneumático, de manutenção industrial, de projeto de engenharia, de construção e montagem são apenas alguns segmentos comuns, absorvidos tanto pelas regiões produtoras como as refinadoras. Isso sem contar a atuação na área de refrigeração, tratamento térmico, tecnologia da informação e serviços gerais.
Equilíbrio entre produção e refino
No site de informações aos investidores, a Petrobras reafirma que estratégia da empresa é crescer a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo da Petrobras, atendendo os níveis de qualidade de produtos requeridos pelo mercado. Nesse sentido, em 2011 entra em operação a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco). Em 2012 entra em operação o COMPERJ, em 2013 a refinaria Premium I e em 2014, a Premium II.
As metas internacionais também refletem o crescimento integrado da Companhia com estimativas de produção de óleo e gás de 341 mil boed em 2013. A estimativa de produção de óleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior para 2013 é de 3.651 mil boed. Estão em construção duas plataformas semi-submersíveis (P-55 e P56) e a plataforma fixa de Mexilhão. Estão previstos para contratação, ainda neste ano de 2009, mais 23 navios petroleiros, somando mais 1,7 milhão de TPB, três navios para transporte de bunker e 24 navios de apoio marítimo, de um lote de 148 anunciado pela Petrobras. Nos próximos anos, as encomendas já anunciadas são de 124 navios de apoio, oito plataformas semi-submersíveis e FPSOs e 28 navios sonda para perfuração de poços em águas profundas.
Fonte: http://www.clickmacae.com.br/
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