sexta-feira, janeiro 21, 2011

Bacia Sergipe-Alagoas: novidades para 2010


A Petrobras espera começar no primeiro semestre do próximo ano a perfuração do primeiro dos 15 poços de exploração no Polígno de Águas Profundas, localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas. “Queremos ampliar as fronteiras em águas profundas, pois o potencial de Sergipe é muito bom e o petróleo é de excelente qualidade”, afirmou o gerente de Exploração da UN-SEAL, Sérgio Luciano Freire.

A empresa realizou em maio deste ano audiência pública para apresentar o projeto, segundo passo dado para conseguir licença ambiental para o projeto. Anteriormente, a companhia já havia elaborado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). A partir de agora cabe ao Ibama analisar o pedido de licença ambiental. “A nossa expectativa é poder iniciar a primeira perfuração no começo de 2010 para que os 15 poços projetados estejam perfurados ao longo dos próximos seis anos”, revela Sérgio Luciano.

O Polígono de Águas Profundas está situado ao sul de Sergipe, a uma distância aproximada entre 20 quilômetros e 100 quilômetros da costa, onde a profundidade da água varia entre 400 metros a 3.000 metros. Para evitar possíveis impactos serão implementados projetos como Controle da Poluição, Plano de Emergência Individual, Educação Ambiental nas comunidades, e de Monitoramento Ambiental.

A Petrobras acredita que a exploração dos 15 poços confirme o exemplo bem sucedido do campo de Piranema, localizado numa área muito próxima, onde a produção em águas profundas é uma realidade desde 2007, já tendo produzido um acumulado de quase 4 milhões de barris de óleo leve, muito valorizado no mercado. Segundo o gerente Sérgio Lujciano, dos sete poços perfurados em Piranema, dois já estão produzindo e os outros aguardam apenas serem interligados à plataforma.

Com investimentos previstos de R$ 35,716 milhões para os próximos anos, a Bacia Sergipe-Alagoas possui 39 campos de óleo e gás em produção e desenvolvimento, sendo 30 deles em terra. O mercado offshore da Bacia ainda corresponde a uma parcela pequena da produção de petróleo offshore nacional - cerca de 0,51% (incluindo o líquido de gás natural) - e 6,47% da produção de gás natural do país em mar.

A área é considerada uma bacia madura, e por isso não desperta tanto interesse de novos investidores. Na quarto leilão da rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, em 2008, apenas nove dos 44 blocos oferecidos arrematados. A Petrobras levou três dos blocos; a Sinergy, do Panamá mais três, um ficou para a colombiana Integral de Serviços Técnicos (IST), um para a brasileira Nord Oil e outro para a também nacional Severo Villares.

De acordo com a ANP, a bacia Sergipe-Alagoas, localizada no nordeste brasileiro, contém um volume estimado de 542,72 milhões de metros cúbicos de óleo e 51,98 bilhões de metros cúbicos de gás. A área terrestre da bacia é de 12.619 km2. A bacia está situada em Alagoas, entre os municípios de Campo Alegre, Coruripe, Igreja Nova, Penedo, Piaçabuçu, Teotônio Vilela, Jaquiá da Praia.

Mercado local de fornecimento ainda é tímido
O funcionamento de Piranema e as perspecticas com o Polígono de Águas Profundas renova as oportunidades para empresas fornecedoras da cadeia. Isso porque mesmo sendo sede do primeiro campo offshore do país – o Guaricema, em 1968 -, o estado possui limitações na questão do suprimento de bens.

Ciente destas limitações, empresários de Sergipe uniram forças e criaram a Rede de Cooperação da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás em Sergipe (Rede PetroGás-SE), após diagnóstico da Cadeia de Petróleo e Gás. A Rede é composta por instituições de fomento, universidades, governos, grandes e médias empresas lideradas pela Petrobras e pequenas empresas fornecedoras.

O principal objetivo é integrar os diversos atores em ações que propiciem o desenvolvimento da cadeia produtiva do petróleo e gás, estimulando a ampliação e abertura de novos empreendimentos. Desde a criação da Rede, foram desenvolvidas diversas atividades visando à inserção competitiva das empresas afiliadas.

Uma das principais reinvindicações dos empresários da Bacia Sergipe-Alagoas é a expansão do Terminal Marítimo Inácio Barbosa, em Barra de Coqueiros, que não tem capacidade de atender ao mercado offshore. A capacidade de carga do Terminal atingiu o limite máximo, estando impossibilitado de atender novas demandas da indústria sergipana. O Governo do estado já iniciou negociações com a Petrobras e com a Vale para firmar parcerias para a ampliação do Terminal.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

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