domingo, setembro 05, 2010

USINA TRANSFORMA LIXO EM ENERGIA ELÉTRICA


lixo que polui a Baía de Guanabara pode ter um destino útil e ecologicamente correto. Esta é a intenção do Centro Tecnológico Usinaverde, instalado no Campus Ilha do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que transforma o lixo recolhido na Baía em energia elétrica.
Em funcionamento desde o ano de 2005, a Usina tem capacidade para processar cerca de 30 toneladas de lixo, por dia, com uma geração de energia que seria suficiente para atender 20 mil habitantes. As atividades consistem em substituir depósitos de lixo e aterros sanitários, eliminando o chorume e odores exalados pelo lixo, sem causar qualquer dano ao meio ambiente.
“A Usina tem capacidade de geração de energia que seria suficiente para atender 20 mil habitantes”
O processo de geração de energia tem duas etapas. A primeira é a separação do lixo, visto que apenas matéria orgânica e resíduos não recicláveis são encaminhados para a incineração. Na segunda etapa, depois de triturado, o material é incinerado e os gases são aspirados para uma caldeira. Nela é produzido o vapor que aciona o turbogerador e gera energia (com potência efetiva de 0,6 MW, por tonelada de lixo tratado). Em seguida, os gases limpos são lançados na atmosfera. Já os resíduos inertes podem ser aproveitados na produção de material de construção. Com 150 toneladas de lixo por dia, é possível fabricar pisos e tijolos para 28 casas populares de 50m2 por mês.
Apesar de ter sido criada há cinco anos, somente neste ano, a Usina firmou uma parceria com o Projeto Baía Limpa — uma iniciativa da Petrobras, que, há cerca de um ano, em conjunto com a Federação das Colônias de Pescadores da Baía de Guanabara (FEPERJ), implementa projetos visando a redução da poluição da Baía de Guanabara.
De acordo com o coordenador do Projeto Baía Limpa, Alberto Toledo Resende, desde o início das atividades, já foram recolhidos cerca de 290 toneladas de resíduos sólidos não orgânicos. “Nós retiramos diariamente todo tipo de lixo, como garrafas PET, pneus, plásticos em geral, roupas, latas, garrafas de vidro e sacolas”, disse Resende, em entrevista ao Nicomex Notícias.
Inicialmente o material recolhido era destinado aos aterros sanitários da região através das Secretarias Municipais de Limpeza Publica. Mas a partir do mês de abril a FEPERJ começou a destinar os detritos à Usinaverde para a geração de energia.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

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