O rápido crescimento do interesse por energias alternativas capazes de combater o aquecimento do planeta terá um impacto significativo na criação de empregos neste setor. Um estudo inédito divulgado pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep) prevê a geração de pelo menos 20 milhões de novos postos até 2030, em todo mundo - 12 milhões apenas na indústria de bionergia, onde o Brasil é um dos principais players. O resultado econômico dessas mudanças será um mercado global de serviços e produtos verdes de cerca de US$ 2,74 bilhões em 2020.
Ricardo Baitelo, do Greenpeace Brasil, diz que no país a ampliação do emprego virá do setor de biocombustíveis. Projeções individuais para países indicam forte potencial para criação de empregos nos próximos anos. Os empregos verdes estão claramente em alta, afirma o estudo, divulgado em meio ao furacão financeiro que assola o mundo. Nem mesmo a crise deverá mudar esse quadro no longo prazo: as inovações tecnológicas continuarão a despontar já que as mudanças climáticas são um processo comprovado e irreversível.
Quase 1,2 milhão de pessoas estão empregadas no setor de geração de energia com biomassa, sobretudo biocombustíveis
A área abrange uma vasta gama de profissões: de engenheiros e pesquisadores a designers, arquitetos, auditores e agricultores. Tudo o que, de uma forma ou outra, estiver ligado à preservação de ecossistemas, à redução do consumo de água e energia e à mitigação ou prevenção da geração das diferentes formas de lixo e de poluição. De acordo com estimativas do setor, o Brasil tem cerca de 500 mil pessoas trabalhando com biomassa, número que pode duplicar nas próximas décadas se houver sinalização política correta.
O segmento de energia renovável tende a ser um dos mais beneficiados. Globalmente, cerca de 300 mil pessoas trabalham hoje com energia eólica e 170 mil com energia solar. Quase 1,2 milhão de pessoas estão empregadas no setor de geração de energia com biomassa, sobretudo biocombustíveis, em apenas quatro países - Brasil, Estados Unidos, Alemanha e China.
Se os números ainda são modestos, o mesmo não pode ser dito do potencial de crescimento em energias alternativas. O estudo prevê uma guinada no número de empregos de 600% no setor de energia eólica, para 2,1 milhões de postos em 2030. A energia solar deverá ter um incremento de 3.605% no mesmo período, chegando aos 6,3 milhões de postos. As 1,2 milhão de pessoas ligadas atualmente aos biocombustíves se transformarão em um exército de 12 milhões de pessoas, como se a cidade de São Paulo inteira se dedicasse unicamente à produção de etanol.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/
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