A Petrobras anunciou, no último dia 06, a realização do primeiro passo para a implantação de uma usina de biodiesel feito a partir de óleo de palma no Pará. O marco do início desse projeto, divulgado em maio, se deu através do arrendamento de terra para o plantio de um viveiro de mudas no município de Mocajuba. Com essa usina, a estatal pretende ser referência no mundo e alongar a parceria no estado por, no mínimo, 25 a 30 anos, conforme relatou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto.
A usina, que tem um investimento previsto de R$ 330 milhões, terá capacidade de produzir 120 milhões de litros de biodisel ao ano. Esse volume será destinado à região Norte, após o início das operações, projetado para julho de 2013. Como complemento do empreendimento, a Petrobras irá instalar dois complexos industriais para extrair o óleo da palma, incluindo esmagadoras e uma unidade cogeração de energia elétrica. Para o plantio, estão reservados 300 hectares de terra para que sejam cultivados 1,1 milhão de sementes.
O cronograma de implementação da usina segue com o plantio das mudas, que está previsto para dezembro de 2011, para que se tenha a primeira colheita a partir de 2014. Outra etapa importante do projeto Biodiesel Pará é o cadastramento de agricultores familliares da região, que receberão mudas, assim como os parceiros da Petrobras Biocombustível. Esse mapeamento geográfico das propriedades é essencial para a obtenção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para o processo de regularização fundiária.
Valores paralelos
O processo de criação da usina de biodiesel no Pará ainda trabalha em duas frentes que agregam valor ao projeto. No âmbito ambiental, a estratégia de suprimento da unidade de biodiesel prevê o plantio de palma em áreas desmatadas, recuperando-as e contribuindo para o equilíbrio ecológico, além de gerar desenvolvimento econômico. “Estão previstos investimentos em projetos sociais nestas áreas no âmbito do programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania. Os projetos estão em fase de definição”, ressaltou Miguel Rosseto, em visita técnica à Mocajuba.
A segunda frente paralela beneficiada pela usina é a área tecnológica, representada pelos investimentos em desenvolvimento agrícola para gerar mais sustentabilidade ao projeto. Para tanto, a Petrobras Biocombustível, através de um método provido pela Embrapa, trabalha em um modo de evitar a queimada, reduzindo em cerca de 80% a emissão de CO2 no preparo da terra. A pesquisa ainda prevê a fertilização do solo por meio da decomposição de resíduos vegetais.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário