quinta-feira, outubro 07, 2010

LIXO PODE GERAR ENERGIA ELÉTRICA NO RIO


Um dos grandes problemas enfrentados por grandes metrópoles é a quantidade de lixo gerada pela população e que muitas vezes se acumula nas ruas, lixões e aterros. Além de uma questão ambiental, essa é uma situação de desperdício clara, uma vez que os resíduos descartados pela sociedade poderiam estar gerando benefícios para as cidades. A solução para essa realidade pode não estar simplesmente em uma coleta seletiva, opção mais difundida, mas no aproveitamento do lixo para geração de energia.

Esta é a proposta de um estudo que a Coppe/UFRJ irá elaborar para a Comlurb, companhia de limpeza urbana do Rio de Janeiro, através de um convênio firmado entre as partes, no mês de agosto. Segundo o acerto, os pesquisadores avaliarão a viabilidade técnica e ambiental da implantação de usinas para geração e energia elétrica a partir do lixo produzido na cidade, que soma uma quantidade de 9 mil toneladas diárias de detritos.

De acordo com a Coppe, esse volume de lixo pode ser convertido em 500 Megawatts (MW) de potência instalada, capacidade que poderia abastecer 1,5 milhão de residência, com um consumo médio de 200 KWh por mês. A unidade de tratamento seria instalada no bairro do Caju, que já recebe cerca de 50% do lixo produzido no município do Rio de Janeiro. Com isso, 68% das residências cariocas seriam atendidas por essa solução alternativa de energia.

O projeto irá estudar as alternativas tecnológicas que já são utilizadas no mundo para detectar a solução mais econômica para a Comlurb. A iniciativa está baseada em três pilares básicos: melhorar a reciclagem transformando cooperativas de catadores em beneficiadoras da matéria-prima extraída; captar os gases, através da biogestão anaeróbica dos detritos para geração de energia elétrica e usar o lixo seco como combustível para eletricidade.
Polêmica
No mês passado, foram sancionadas pelo presidente Lula as diretrizes para um novo modelo de coleta e destino de lixo, que constam na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Uma das controvérsias principais do plano foi a possibilidade de incineração dos resíduos para gerar energia elétrica. Essa hipótese causou temor entre ambientalistas, devido à emissão de poluentes. Apesar dessa corrrente contrária, o Senado cortou do texto da Lei a parte na qual era indicado que a queima do lixo só poderia ser feita em último caso.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

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