terça-feira, agosto 24, 2010

Explosão estelar é reconstituída em 3D


Ilustração mostra a supernova observada pelo ESO

SÃO PAULO - Usando uma nova técnica, astrônomos reconstroem pela primeira vez em 3D a camada interior de material expelido por uma supernova.

A equipe do Europena Southern Observatory (ESO) usou o Very Large Telescope para concluir que a explosão estelar em questão foi um evento muito mais poderoso, e concentrado em uma direção, do que se pensava.

Diferentemente do Sol, que morrerá de forma silenciosa, as estrelas de grande massa que chegam ao fim de suas breves vidas explodem espalhando uma grande quantidade de material. Neste caso, a Supernova 1987A (SN 1987A), localizada na Large Magellanic Cloud, foi vista a olho nu em 1987. Por causa de sua relativa proximidade, os astrônomos puderam estudar os detalhes da explosão de uma estrela massiva e suas conseqüências.

As novas observações só deram ainda mais detalhes, já que puderam reconstruir pela primeira ver em 3D a parte central dos materiais explodiram. A técnica usada, “Integral field spectroscopy”, gera para cada pixel informações sobre a natureza e velocidade do gás.

Os astrônomos descobriram que os primeiros materiais ejetados viajaram a incríveis 100 milhões de km/h, ou quase um décimo da velocidade da luz. As imagens também mostram que uma nova onda de material está viajando 10 vezes mais devagar do que a primeira, e sendo aquecida pelos elementos radioativos criados na explosão.

O fato de o evento ter sido mais forte e mais intenso em algumas direções explica porque a supernova gerou um formato irregular no espaço.

Fonte: http://info.abril.com.br/

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