quarta-feira, janeiro 06, 2010

Marte possuiu lagos gigantes


Formações em Marte indicam que o planeta já foi quente e úmido

Novo estudo de imagens de satélite sugere que Marte já foi quente o bastante para possuir lagos há três bilhões de anos.
Cientistas do Imperial College London e da University College London (UCL) sugerem que, nessa época, o planeta possuía lagos feitos de gelo derretido por toda a extensão de seu equador, cada um com cerca de 20 km de largura.
Até agora, acreditava-se que essa época era fria e árida demais para sustentar água na superfície. Pesquisas anteriores sugeriam que Marte possuía uma história quente e úmida entre 4 bilhões e 3,8 bilhões de anos. Mas, depois disso, o planeta teria perdido grande parte de sua atmosfera e se tornado frio e seco.
Com as imagens da nave Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, a equipe liderada pelo Dr Nicholas Warner analisou a área de Ares Vallis, um desfiladeiro de dois mil quilômetros no equador marciano.
Por muito tempo, cientistas não conseguiam entender a formação dessas depressões; a explicação mais plausível seria um processo de sublimação (quando o gelo passa diretamente do estado sólido para o gasoso, sem antes virar líquido). No novo estudo, no entanto, os pesquisadores encontraram uma série de pequenos canais que ligavam uma depressão à outra – o que só poderia ter sido causado por água corrente.
Eles acreditam que pode ter havido um aumento de atividade vulcânica, impactos de meteoros ou mudanças na órbita de Marte há três bilhões de anos, o que teria aquecido a atmosfera. Além de derreter o gelo, o calor teria criado gases que engrossaram a atmosfera, mantendo o planeta quente o bastante para manter água liquida.
Uma vez determinada a causa das formações, faltava datar o evento. Os pesquisadores determinaram a idade dos lagos pela contagem de crateras de impacto, um método desenvolvido pela NASA para descobrir a idade das formações geológicas da Lua. Quanto mais crateras ao redor de uma formação, mais antiga é a região. Os cientistas contaram mais de 35 mil crateras na região em torno dos lagos, e determinaram que eles se formaram a cerca de três bilhões de anos.
Os pesquisadores acreditam que o estudo pode ter implicações para a astrobiologia na busca por evidências de vida em Marte.




Fonte: http://info.abril.com.br/

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