sábado, novembro 21, 2009

Tamanho não é documento para cérebros


Segundo pesquisa, abelhas sabem contar e identificar formas geométricas


Pequenos insetos podem ser tão inteligentes quanto animais maiores, apesar de terem o cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Pelo menos é nisso que o acredita o professor Lars Chittka, da Universidade Queen Mary em Londres, Reino Unido.

Segundo comunicado da universidade, pesquisas já provaram que insetos são capazes de comportamentos inteligentes antes atribuídos somente a animais de maior porte. Abelhas, por exemplo, podem contar, categorizar objetos semelhantes e compreender as diferenças entre formas simétricas e assimétricas.
Por isso, o professor Chittka é categórico ao afirma que, ao contrário da crença popular, não podemos dizer que o tamanho do cérebro prevê a capacidade de comportamento inteligente.
Uma baleia pode ter massa encefálica de mais de nove quilos (ou 200 bilhões de neurônios) enquanto o cérebro humano varia entre 1.25 kg e 1.45 kg (com estimados 85 bilhões de neurônios). Já o cérebro de uma abelha, para ficar no mesmo exemplo, pesa somente um miligrama e contem menos de um milhão de células nervosas.
Se tamanho não está ligado à inteligência, para que ter um cérebro tão grande?
Uma das hipóteses dessa variação é a de que os animais maiores precisam de mais cérebro simplesmente porque têm mais a controlar – precisam mover músculos maiores e, assim, precisam de mais nervos.
O tamanho não estaria, portanto, necessariamente ligado à complexidade, apenas á repetição dos mesmos circuitos. Em outras palavras, os cientistas comparam o mecanismo à um computador: cérebros maiores podem ser um hardware grande, mas não necessariamente um processador melhor.
Isso significaria a habilidade de te pensamentos complexos poderia ser fruto de um número limitado de neurônios. Modelos de computador do estudo sugerem que até mesmo contar poderia ser feito com algumas centenas de células nervosas. Com alguns milhares de neurônios já seria possível gerar consciência.
Esse tipo de pesquisa não só ajuda a compreender o funcionamento do corpo humano, mas pode levar à construção de computadores melhores, capazes de reconhecer expressões faciais e emoções.



Nenhum comentário: