Na terra dos gigantes dos celulares, a Palm é um camundongo. Comparada à Apple, Research in Motion, Samsung, Google, Microsoft e Nokia, que lutam para controlar o futuro dos celulares inteligentes, a Palm é minúscula. A empresa inventou a categoria de aparelhos portáteis para navegação na Web com sua linha Treo, em 2002. Mas, mais recentemente, ela perdeu o rumo no mercado, enquanto seus adversários desenvolviam celulares mais inovadores.
A nova equipe executiva da empresa, que conta com muitos talentos oriundos da Apple, introduziu uma nova geração de celulares inteligentes em junho, com o Palm Pre, vendido a US$ 199 para os assinantes da operadora Sprint. O segundo modelo da linha, o Pixi, de US$ 99, chegou às lojas no domingo.
Os dois aparelhos receberam críticas positivas por serem fáceis de usar e oferecerem excelente navegação na web. Mas nas últimas semanas, o sistema operacional Android, criado pelo Google para celulares inteligentes, conquistou a atenção do público, com a pesada promoção da Verizon para o celular Motorola Droid.
Embora ninguém espere que as vendas da Palm se comparem às do iPhone e BlackBerry, o que não acontece, os programadores não se apressaram a criar aplicativos para o aparelho, ao contrário do que fizeram no caso do iPhone e dos celulares Android.
Essa falta de poder de influência pode se provar importante. Caso o mercado só tenha espaço para alguns poucos padrões de telefones, a Palm, como a menor das empresas do setor, pode se ver sempre em dificuldades, na condição de perpétua derrotada.
Jon Rubinstein, o presidente-executivo da Palm e antigo vice-presidente de engenharia e comandante da divisão iPod da Apple, declarou em entrevista que a Palm não precisa ter tamanho semelhante ao dos rivais para prosperar. Sua antiga empregadora, afinal, foi muito tempo foi capaz de sobreviver e prosperar com base em um lucrativo nicho no mercado de computadores.
"Uma das coisas importantes que precisamos fazer como empresa é conquistar escala", ele disse. "Precisamos incluir mais operadoras e mais regiões".
Os analistas antecipam que a Palm coloque à venda uma versão atualizada do Pre, para os assinantes da Verizon, no começo do ano que vem, e para a AT&T alguns meses mais tarde. A companhia vende celulares em seis países e está se expandindo firmemente a novos mercados na Europa e na América do Norte.
Os investidores que tentam avaliar o clima entre os investidores não estão certos de que a Palm prevalecerá. A volatilidade nas ações da Palm é um sinal de incerteza quanto à sua capacidade de desafiar o iPhone e o BlackBerry. (As ações da Palm saltaram de volta aos US$ 12,40 na sexta-feira, devido a especulações de que a empresa seria adquirida pela Nokia, uma perspectiva que muitos analistas consideram improvável.)
"Esses extremos de emoção refletem um mercado de celulares que passa por profundo tumulto", disse Tero Kuittinen, analista da MKM Partners. "A Palm saltou para US$ 18 quando as pessoas esperavam que o Pre se tornasse um grande sucesso de vendas.
Os blogs de tecnologia dos Estados Unidos se entusiasmaram muito com as primeiras demonstrações do Palm Pre, e o classificaram como o São Paulo dos celulares inteligentes, que seguiria Jesus na forma de iPhone", disse. "Depois a Verizon começou a enfatizar mais o Droid e a atenção dos blogs se desviou. O Pre passou a ser visto como desinteressante, e o Android é que conquistaria o mercado mundial de celulares".
AplicativosA Palm parece especialmente pequena se forem considerados os aplicativos. A App Store, da Apple, oferece mais de 100 mil deles. Nenhum outro sistema operacional nem mesmo se aproxima, ainda que existam cerca de 10 mil aplicativos para o Android. A Palm oferece apenas 300.
"Os programadores criam aplicativos primeiro para o iPhone e depois para o Android; a Palm só vem em terceiro lugar, quando vem", disse Philip Cusick, analista da Macquarie Securities. Cusick sugeriu que uma grande porção dos compradores de celulares não se incomodam com aplicativos mesmo que a Apple tenha baseado sua campanha de marketing para o iPhone na venda deles.
"Caso os aplicativos vierem a se tornar realmente importantes, a Palm vai enfrentar problemas¿, disse ele. Rubinstein afirmou que a Palm jamais precisaria de tantos aplicativos quanto o iPhone. "Nosso foco é a qualidade, não a quantidade".
A Palm ainda está testando sua loja de aplicativos, chamada App Catalog, em colaboração com um pequeno grupo de programadores. A partir do mês que vem, ela estará aberta para qualquer programador que deseje criar aplicativos para o Palm ¿ seis meses depois do lançamento do Pre.
Rubinstein afirmou esperar que os programadores criem aplicativos para os aparelhos Palm em parte porque o sistema operacional da empresa, o webOS, se baseia em larga medida nas mesmas linguagens usadas para criar sites na web. Já o Android toma por base a linguagem Java, da Sun, e a Apple usa uma variação da linguagem de programação de computadores C.
Ele desconsidera as chances do Android porque, afirma, o sistema ainda não oferece atrativos de massa. "O Android, e especialmente o Droid, foram projetados para a audiência familiarizada com a tecnologia", disse Rubinstein "Estamos fabricando um produto mais geral, que ajuda as pessoas a viverem suas vidas de maneira mais simples".
Embora o Android esteja atraindo muita atenção porque será utilizado por muitos fabricantes de celulares, essas companhias, argumentou Rubinstein, "dependem da gentileza de estranhos" ¿ ou seja, o Google - para seu software.
"As empresas que fabricarão os melhores produtos são aquelas que integram toda a experiência ¿ hardware, o software e o serviço - e não estão obtendo um componente daqui e outro dali e tentando montar um produto integrado", disse.
Este ano, a Palm espera desfrutar de vantagem tática com o Pixi, que é vendido por um preço mais baixo que a maioria dos celulares Android ¿no caso da Sprint, por US$ 99, e por apenas US$ 30 na Wal-Mart. Isso o coloca em concorrência direta com outros celulares dotados de teclado como o popular BlackBerry Curve, da TIM. O segundo celular da linha Droid da Verizon, o Eris, fabricado pela HTC, também é vendido por US$ 99, mas não conta com teclado físico.
"Acreditamos que o Pixi esteja em uma posição confortável no mercado agora", ele disse. "Foi projetado para pessoas que estão trocando seus celulares convencionais por seu primeiro celular inteligente".
A Palm está tentando copiar o sucesso conquistado com o Palm Centro, um celular inteligente pequeno e de baixo preço que vendeu três milhões de unidades.
Os analistas acreditam que ele está certo. "O Palm Pixi é o único celular inteligente de baixo preço com um novo sistema operacional", disse Kuittinen, e isso impressiona.
Os dois aparelhos receberam críticas positivas por serem fáceis de usar e oferecerem excelente navegação na web. Mas nas últimas semanas, o sistema operacional Android, criado pelo Google para celulares inteligentes, conquistou a atenção do público, com a pesada promoção da Verizon para o celular Motorola Droid.
Embora ninguém espere que as vendas da Palm se comparem às do iPhone e BlackBerry, o que não acontece, os programadores não se apressaram a criar aplicativos para o aparelho, ao contrário do que fizeram no caso do iPhone e dos celulares Android.
Essa falta de poder de influência pode se provar importante. Caso o mercado só tenha espaço para alguns poucos padrões de telefones, a Palm, como a menor das empresas do setor, pode se ver sempre em dificuldades, na condição de perpétua derrotada.
Jon Rubinstein, o presidente-executivo da Palm e antigo vice-presidente de engenharia e comandante da divisão iPod da Apple, declarou em entrevista que a Palm não precisa ter tamanho semelhante ao dos rivais para prosperar. Sua antiga empregadora, afinal, foi muito tempo foi capaz de sobreviver e prosperar com base em um lucrativo nicho no mercado de computadores.
"Uma das coisas importantes que precisamos fazer como empresa é conquistar escala", ele disse. "Precisamos incluir mais operadoras e mais regiões".
Os analistas antecipam que a Palm coloque à venda uma versão atualizada do Pre, para os assinantes da Verizon, no começo do ano que vem, e para a AT&T alguns meses mais tarde. A companhia vende celulares em seis países e está se expandindo firmemente a novos mercados na Europa e na América do Norte.
Os investidores que tentam avaliar o clima entre os investidores não estão certos de que a Palm prevalecerá. A volatilidade nas ações da Palm é um sinal de incerteza quanto à sua capacidade de desafiar o iPhone e o BlackBerry. (As ações da Palm saltaram de volta aos US$ 12,40 na sexta-feira, devido a especulações de que a empresa seria adquirida pela Nokia, uma perspectiva que muitos analistas consideram improvável.)
"Esses extremos de emoção refletem um mercado de celulares que passa por profundo tumulto", disse Tero Kuittinen, analista da MKM Partners. "A Palm saltou para US$ 18 quando as pessoas esperavam que o Pre se tornasse um grande sucesso de vendas.
Os blogs de tecnologia dos Estados Unidos se entusiasmaram muito com as primeiras demonstrações do Palm Pre, e o classificaram como o São Paulo dos celulares inteligentes, que seguiria Jesus na forma de iPhone", disse. "Depois a Verizon começou a enfatizar mais o Droid e a atenção dos blogs se desviou. O Pre passou a ser visto como desinteressante, e o Android é que conquistaria o mercado mundial de celulares".
AplicativosA Palm parece especialmente pequena se forem considerados os aplicativos. A App Store, da Apple, oferece mais de 100 mil deles. Nenhum outro sistema operacional nem mesmo se aproxima, ainda que existam cerca de 10 mil aplicativos para o Android. A Palm oferece apenas 300.
"Os programadores criam aplicativos primeiro para o iPhone e depois para o Android; a Palm só vem em terceiro lugar, quando vem", disse Philip Cusick, analista da Macquarie Securities. Cusick sugeriu que uma grande porção dos compradores de celulares não se incomodam com aplicativos mesmo que a Apple tenha baseado sua campanha de marketing para o iPhone na venda deles.
"Caso os aplicativos vierem a se tornar realmente importantes, a Palm vai enfrentar problemas¿, disse ele. Rubinstein afirmou que a Palm jamais precisaria de tantos aplicativos quanto o iPhone. "Nosso foco é a qualidade, não a quantidade".
A Palm ainda está testando sua loja de aplicativos, chamada App Catalog, em colaboração com um pequeno grupo de programadores. A partir do mês que vem, ela estará aberta para qualquer programador que deseje criar aplicativos para o Palm ¿ seis meses depois do lançamento do Pre.
Rubinstein afirmou esperar que os programadores criem aplicativos para os aparelhos Palm em parte porque o sistema operacional da empresa, o webOS, se baseia em larga medida nas mesmas linguagens usadas para criar sites na web. Já o Android toma por base a linguagem Java, da Sun, e a Apple usa uma variação da linguagem de programação de computadores C.
Ele desconsidera as chances do Android porque, afirma, o sistema ainda não oferece atrativos de massa. "O Android, e especialmente o Droid, foram projetados para a audiência familiarizada com a tecnologia", disse Rubinstein "Estamos fabricando um produto mais geral, que ajuda as pessoas a viverem suas vidas de maneira mais simples".
Embora o Android esteja atraindo muita atenção porque será utilizado por muitos fabricantes de celulares, essas companhias, argumentou Rubinstein, "dependem da gentileza de estranhos" ¿ ou seja, o Google - para seu software.
"As empresas que fabricarão os melhores produtos são aquelas que integram toda a experiência ¿ hardware, o software e o serviço - e não estão obtendo um componente daqui e outro dali e tentando montar um produto integrado", disse.
Este ano, a Palm espera desfrutar de vantagem tática com o Pixi, que é vendido por um preço mais baixo que a maioria dos celulares Android ¿no caso da Sprint, por US$ 99, e por apenas US$ 30 na Wal-Mart. Isso o coloca em concorrência direta com outros celulares dotados de teclado como o popular BlackBerry Curve, da TIM. O segundo celular da linha Droid da Verizon, o Eris, fabricado pela HTC, também é vendido por US$ 99, mas não conta com teclado físico.
"Acreditamos que o Pixi esteja em uma posição confortável no mercado agora", ele disse. "Foi projetado para pessoas que estão trocando seus celulares convencionais por seu primeiro celular inteligente".
A Palm está tentando copiar o sucesso conquistado com o Palm Centro, um celular inteligente pequeno e de baixo preço que vendeu três milhões de unidades.
Os analistas acreditam que ele está certo. "O Palm Pixi é o único celular inteligente de baixo preço com um novo sistema operacional", disse Kuittinen, e isso impressiona.
Fonte: www.terra.com.br
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