quinta-feira, novembro 12, 2009

Apple planeja um iPhone que funciona em qualquer lugar


A Apple está planejando lançar uma nova versão do iPhone que deve funcionar em praticamente qualquer lugar no mundo. De acordo com o jornal britânico Guardian, a versão "worldwide" do produto será vendido primeiro no mercado dos Estados Unidos, com previsão de lançamento para o próximo inverno (no hemisfério sul) pela Verizon Wireless, em que a Vodafone tem uma participação de 45%, de acordo com Ashok Kumar, analista da Northeast Securities.

O novo telefone vai usar um microchip, desenvolvido pela Qualcomm que permite utilizar tanto as redes 3G, que predominam na Europa e África, bem como a rede CDMA2000, utilizada pela Verizon nos Estados Unidos e em outras redes em todo o mundo.
"Este telefone da Qualcomm vai facilitar à Apple ser agnóstica", disse Kumar, dizendo que a empresa seria capaz de ampliar ainda mais sua lista de parceiros da rede móvel.
De acordo ainda com o Guardian, a previsão de Kumar segue um recente relatório de analistas do setor OTR Global, que citou fontes de empresas de Taiwan, dizendo que tinham sido contratadas para fornecer um "híbrido" do iPhone no terceiro trimestre de 2010.
Quando a Apple lançou o iPhone, inicialmente, em 2007, o fez sob acordos de exclusividade com parceiros em rede nos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha. Desde então, porém, abandonou esta estratégia para vender mais iPhones através de muitas redes de telefonia móvel em todo o mundo.
No início desta semana, a Orange começou a vender o iPhone no Reino Unido, encerrando o acordo de dois anos de exclusividade com a empresa O2. A Orange calcula ter vendido mais de 30 mil produtos em poucas horas, no primeiro dia de vendas, enquanto a Carphone Warehouse acredita que vai vender um 1 milhão de iPhones até o Natal.
O sucesso do iPhone fez da Apple a fabricante de smartphones mais rentável no mundo, segundo a empresa de pesquisas Strategy Analytics, ultrapassando o maior produtor de celulares, a Nokia.
"Estimamos que a Apple tenha atingido um lucro operacional em sua fatia de celulares iPhone de cerca de US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre de 2009, comparado a US$ 1,1 bilhão da Nokia ", disse Alex Spektor, analista da Strategy Analytics.
A Nokia vendeu 108,5 milhões de aparelhos de julho a setembro, gerando receita de 6,9 bilhões de euros (US$ 10,36 bilhões). Mas seus lucros foram atingidos pela desaceleração econômica e por uma presença fraca nos Estados Unidos.
A empresa tem lutado para produzir um rival lucrativo para o iPhone. O aparelho da Apple também gerou uma série de aparelhos touchscreen de fabricantes como HTC, Samsung e Motorola, todos os que têm "roubado" a fatia de participação da Nokia no mercado de um smartphones. No mês passado, a Nokia anunciou seu primeiro prejuízo trimestral em mais de uma década.
A enorme quantidade de telefones touchscreen que atingiram as lojas têm ajudado o mercado de smartphones a superar o resto da indústria de telefonia móvel, onde as vendas estão em declínio. Mas a Nokia não parece capaz de capitalizar o fato de que os consumidores querem dispositivos high-end o que vem fazendo sua participação no mercado de smartphones escorregar.
Além dos resultados desanimadores, apenas uma semana após a divulgação da pesquisa, a Nokia deu um passo dramático ao lançar um ataque legal sobre a Apple nos tribunais americanos, alegando que o iPhone viola dez de suas patentes em uma disputa que pode se arrastar por anos.



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