quarta-feira, setembro 16, 2009

NEC vai assumir celulares da Casio e Hitachi


A NEC,do Japão, vai assumir as operações de produção de celulares da Casio Computer e Hitachi, já que a rápida contração do mercado está forçando as empresas do deficitário setor a se unir e cortar custos.
A transação resultará na segunda maior fabricante japonesa de celulares, com vendas de 390 bilhões de ienes (US$ 4,3 bilhões) e pode causar mais consolidação em um setor desgastado pela competição, em um mercado superlotado.
A NEC, terceira maior fabricante japonesa de celulares, anunciou na segunda-feira a cisão de sua divisão de celulares, que se fundiria à joint venture de celulares da Casio e Hitachi.
A NEC deterá 70,7% de participação no novo empreendimento, com 20% para a Casio e 9,3% para a Hitachi, o que permitirá que Casio e Hitachi mantenham suas deficitárias operações de celulares fora da contabilidade corporativa.
"Com a contração que o mercado de celulares vem sofrendo no momento, sabíamos que não havia espaço suficiente para a sobrevivência de oito empresas," disse Akihito Otake, vice-presidente sênior da NEC, em entrevista coletiva.
Ele disse não saber ao certo quando os cortes de custos associados a menores despesas de aquisição e desenvolvimento se farão sentir. A maior parte da produção será realizada nas instalações da NEC, e o objetivo da joint venture é realizar uma combinação das linhas de produção, ainda que não exista um cronograma firme para isso.
O mercado de celulares japonês deve cair em 20 a 30% em 2009, dizem executivos. Mas os fabricantes de celulares continuam a arcar com pesados custos de desenvolvimento, que podem atingir até 10 bilhões de ienes por modelo novo, no mercado de celulares mais tecnologicamente competitivo do mundo.
A maioria dos fabricantes japoneses embarca pequenos volumes de celulares apenas para as operadoras de telefonia móvel do país, em contraste com a maior fabricante de celulares, Nokia, que produz seus modelos em massa e os fornece a operadoras de todo o mundo.
As marcas japonesas, as primeiras a oferecer câmeras e capacidade de acesso à Internet em seus celulares, respondem somadas por menos de 10 por cento do mercado mundial de celulares, e essa fatia de mercado vem caindo rapidamente.

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