sexta-feira, setembro 11, 2009

Maior operador de satélites, SES teme estímulos públicos para a banda larga terrestre

Maior operador de satélites do mundo, a SES teme que os planos de estímulo dos Estados Unidos e da Europa prejudiquem as perspectivas para internet banda larga via satélite.
Apoio a tecnologias de banda larga sem fio, via suspensão de impostos nos EUA e leilões de espectro de radiodifusão na Europa, protegem as tecnologias terrestres, disse o presidente da SES, Romain Bausch.
“Eu pessoalmente acredito que o desenvolvimento da banda larga terrestre será tamanho que não será possível demonstrar a viabilidade do satélite no longo prazo”, disse Bausch ao Financial Times. A SES fornece acesso banda larga via satélite a 45 mil clientes na Europa, mas não vai investir em aumento de capacidade, ele disse.
Por outro lado, tinha foco em uma estratégia híbrida satélite-terrestre para banda larga, que oferece satélites para operadoras de telecom atingirem o índice de 40%-50% de residências cujas linhas fixas não sustentam um pleno serviço de vídeo.
“Um novo segmento de clients – as teles – começaram a nos procurar, há um ano, ano e meio, pedindo distribuição por satélite”, disse Bausch.
Protegido das flutuações econômicas por contratos de uma década, a SES espera um crescimento de 3% a 4% no faturamento este ano.
Bausch previu um crescimento similar para os próximos sete anos devido ao crescimento da multiprogramação na televisão e nos celulares nos mercados emergentes, ao desenvolvimento de tecnologias de vídeo em alta definição e ao crescimento das demandas militares.
A SES planeja adicionar, em três anos, mais oito satélites aos 40 atuais, ampliando a capacidade em 19%. Cerca de 170 dos 200 novos transponders vão cobrir mercados emergentes onde a SES fornece backbone para as redes de celular em áreas remotas.
O grupo está examinando dois satélites que estão sendo leiloados pela ProtoStar, uma operadora asiática em processo de falência, que podem expandir a cobertura na Ásia.
Televisão de alta definição, que exige o dobro da capacidade dos satélites em relação à definição padrão, continuam a fortalecer o faturamento da SES com vídeo, mas Bausch também festeja as perspectivas de radiodifusão em três dimensões e ultra-HD.
A BSkyB, uma das clientes da SES, anunciou planos de uma televisão 3D na Inglaterra, em 2010, o que exigiria ampliar em um terço a capacidade atual da programação de alta definição.
Transmissões em ultra-HD, em testes no Japão, podem consumir ainda quatro vezes mais capacidade, disse Bausch.
Enquanto isso, as demandas de comunicação de governos “cresceram exponencialmente” com a ampliação do uso de veículos aéreos não tripulados, capazes de identificar placas de carros a 25 mil pés (7,5 mil metros) sobre as montanhas do Afeganistão ou na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
As filmagens em alta resolução desses veículos não podem ser comprimidas, o que exige muita capacidade, apontou Bausch.
A SES, que pressionou pelo fim de contratos de um ano, vislumbrou “mais e mais disposição” para assinatura de contratos mais longos, acrescentou.

Fonte: www.convergenciadigital.com.br

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