A IBM está estudando a peça básica de construção de nossos corpos - o DNA - como possível estrutura para microchips de próxima geração. À medida que os fabricantes de chips concorrem para desenvolver chips cada vez menores e a preços mais baixos, os projetistas enfrentam dificuldades para reduzir custos.
Nanoestruturas artificiais de DNA, ou "origami de DNA", podem oferecer uma base barata sobre a qual produzir microchips minúsculos, de acordo com um estudo publicado no domingo pela revista Nature Nanotechnology.
Microchips são usados em computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos. "Trata-se da primeira demonstração do uso de moléculas biológicas a fim de ajudar com processamento, no setor de semicondutores," disse Spike Narayan, gerente de pesquisa da IBM, em entrevista à Reuters.
"Basicamente, isso nos informa que estruturas biológicas como o DNA, na verdade, oferecem tipos muito repetitivos de padrões, passíveis de reprodução, o que podemos aproveitar de forma prática nos processos de semicondutores," disse.
A pesquisa foi conduzida por cientistas do Almaden Research Center, da IBM, e do California Institute of Technology. No momento, quanto menor o chip, mais caro o equipamento. Narayan disse que se o processo de origami de DNA conseguir atingir nível de produção, os fabricantes poderiam trocar centenas de milhões de dólares em complexas ferramentas por menos de um milhão de dólares em polímeros, soluções de DNA e equipamentos de aquecimento.
"As economias em diversas áreas representariam montante significativo, somadas," ele diz. Mas os novos processos só devem estar em uso daqui a no mínimo 10 anos.
Narayan afirmou que, embora o origami de DNA possa permitir que os fabricantes de chips construam estruturas bem menores do que as possíveis com ferramentas tradicionais, a técnica ainda precisaria de anos de experiência e teste.
Fonte: www.terra.com.br
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