segunda-feira, junho 15, 2009

Quem paga pelo que é grátis na internet?

Por tudo o que usamos gratuitamente na internet, estamos dando algo em troca ou pagando de alguma forma. Recebemos propaganda, somos estatísticas ou trafegamos com insegurança. Fique de olho.
A variedade de serviços e produtos gratuitos na internet é quase infinita. Todos os dias novas oportunidades de negócios surgem e cada vez mais as ofertas gratuitas se expandem. O tradicional na internet é ser de graça. São pessoas, empresas, entidades ou instituições oferecendo conteúdo, serviços e produtos de várias formas.
Para apostar no mercado digital não é preciso investir sequer alguns centavos. As ferramentas gratuitas estão lá, à disposição da sua criatividade e para quem quiser. Não é preciso gastar para ouvir músicas; comprar CDs é coisa do passado. Livro de receitas é desnecessário, pois todas as receitas do mundo estão na internet.
Mensagens pelo celular - às vezes o torpedo web é rápido e de graça. Filmes - nada de locadoras, aquele filme está a um clique. Jogos, salas de bate papo, entretenimento em geral, instruções para desenvolvimento de trabalhos manuais passo a passo, dicas, sites, blogs e outras opções gratuitas, usadas também para fins comerciais e muito mais que possamos imaginar, estão lá, de graça.
Se ao final de cada dia fossemos calcular tudo o que utilizamos gratuitamente na internet, as cifras não seriam pequenas. Daríamos conta do quanto ganhamos e no quanto deixamos de gastar.
No entanto, não podemos explorar desenfreadamente tudo o que está à nossa disposição. Junto a tanta oferta, existem os perigos. Nem tudo é confiável. Além disso, quem paga a conta a final? Não podemos acreditar que tudo está sendo oferecido apenas porque as pessoas são legais e querem compartilhar coisas.
Devemos, antes de mais nada, saber que tudo que é explorado de forma gratuita tem um serviço “plus”, ou ainda, um negócio a ser explorado por trás da gratuidade, invariavelmente com um fim lucrativo, seja atrelado à publicidade ou busca por perfis, consumidores em potencial. Nessa abundância de conteúdo e serviços gratuitos precisamos estar atentos, pois de alguma forma estaremos pagando (dando algo em troca) pela utilização.
Podemos perceber claramente este processo quando fazemos uso de um antivírus “free”. Todos os dias recebemos ofertas de produtos da empresa fornecedora. Quando participamos das redes de relacionamento, e-mail gratuito, blogs de uso gratuitos, fornecemos nosso perfil, que serve para identificação de nichos, mapear nosso comportamento e a veiculação de publicidade.
Esses são pequenos exemplos que mostram sempre haver um custo por trás do que nos é oferecido “gratuitamente” e que de alguma forma estaremos pagando por aquela utilização. É possível dizer que o gratuito na internet está tanto a serviço do consumidor quanto das marcas.
E para quem opta por fazer uso de ferramentas gratuitas, como sites ou blogs, em detrimento às pagas, terá como diferença os recursos limitados, a impossibilidade de personalização e falta de segurança.
Mas nada impede que se possa fazer uso de maneira diferenciada, mantendo apenas alguma cautela e primando por alguns cuidados. A criatividade é o ponto estratégico.
A tendência é que tudo que esteja disponível na internet tenha sua versão gratuita. Então quanto mais criatividade e cuidado tivermos no uso, mais rentável será; lembre-se: alguém de alguma forma está pagando esta conta. [Webinsider]

Fonte: www.uol.com.br

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