quarta-feira, setembro 23, 2009

Vale do Silício: tecnologia reinventa o humilde tijolo


Esqueça os microchips. O Vale do Silício vê um futuro lucrativo nos humildes tijolos, graças a um processo de produção de baixa energia que ilustra a virada ecológica no setor de investimento em tecnologia dos Estados Unidos.

A Calstar Products, fabricante de tijolos, conta com muitos doutores em tecnologia, bem como com o apoio de profissionais de investimento de risco cuja visão é a de criar edificações com custo mais baixo e de maneira que economize energia.
"Acreditamos que tenha chegado a hora de uma segunda revolução industrial", disse Paul Holland, sócio da Foundation Capital, que investiu US$ 7 milhões na Calstar. A EnerTech Capital liderou uma segunda rodada de capitalização que levantou US$ 8 milhões para a empreitada.
O Vale do Silício está encontrando formas mais tecnológicas de produzir materiais tradicionais e pretende desenvolver concreto capaz de absorver dióxido de carbono, janelas que ofereçam isolamento melhor que o das paredes e materiais para substituir a madeira.
O campo ainda é novo. Os investimentos do setor de capital de risco voltados a edificações ecológicas oscilaram ao longo da recessão, mas envolveram cerca de 45 transações, ao valor de US$ 350 milhões, no ano passado, de acordo com o Cleantech Group.
Os tijolos comuns precisam ser cozidos por 24 horas a uma temperatura de 1.093 graus, como parte de um processo de produção que pode levar uma semana, enquanto os da Calstar são cozidos a temperaturas inferiores a 100 graus e sua produção demora apenas 10 horas, diz Kane.
A receita incorpora grandes volumes de resíduos de carvão consumido em usinas termelétricas, que de outra forma poderiam se tornar um poluente problemático.
O processo de produção dos tijolos ¿ cuja aparência e sensação ao tato são iguais às de um tijolo comum ¿ requer de 80 a 90% menos energia, e emite 85% menos gases causadores do efeito estufa, se comparado ao processo usado em tijolos comuns, de acordo com a Calstar.
Custos de energia menores significam mais lucros, e isso permite que a empresa banque suas pesquisas e concorra contra empresas maiores, beneficiadas pela economia de escala. Os novos tijolos, que a Associação da Indústria do Tijolo dos EUA afirma não serem tijolos, serão vendidos pelo mesmo preço de tijolos de barro tradicionais.
A associação afirma que tampouco existe prova de que esses produtos durem tanto quanto os tijolos tradicionais. Apesar disso, a Calstar conta com 16 distribuidores e quer vender 12 milhões de tijolos ou mais no primeiro ano, e planeja produzir 100 milhões de tijolos para venda no sul e centro-oeste dos EUA, diz Kane.
Depois disso, mercados de alto crescimento, como a China, serão o alvo.


A temporada de festas de fim de ano pode ser difícil para os acionistas da Palm enquanto esperam para descobrir se novos smartphones da empresa podem

A Vex, uma das provedoras de internet por Wi-Fi no País, resolveu oferecer uma "degustação" do seu serviço (que é pago) e vai disponibilizar Wi-Fi gratuito durante uma semana, no que estão chamando de "VexWeek". De 1º a 8 de outubro, os cerca de 2.5 mil hotspots da empresa estarão abertos para a navegação, gratuitamente.
A Vex tem pontos de conexão espalhados por todo o Brasil, em especial nos aeroportos e principais shoppings das capitais. A empresa espera atrair um público que ainda é reticente quanto à tecnologia.
A alternativa à internet por Wi-Fi, no Brasil (onde outras opções comerciais sem fio, como o WiMAX, são praticamente inexistentes) é a conexão via rede celular 3G.
"Abriremos o sinal em todos os nossos hotspots com o objetivo de fazer com que usuários de equipamentos portáteis percebam a conveniência e as facilidades da utilização dos serviços Wi-Fi¿, declarou Thatiana Papaiz, gerente de marketing da Vex.
Apesar de oferecer internet móvel praticamente em qualquer lugar, os valores dos planos 3G ainda não são baratos no Brasil, o que torna os pontos de acesso Wi-Fi pagos uma alternativa ainda interessante. Para participar da promoção gratuita da Vex deve-se consultar o website da empresa pelo atalho tinyurl.com/r289q7, que traz indicações dos pontos de acesso em todo o Brasil.

Palm deve ter fim de ano difícil com concorrentes à vista

A temporada de festas de fim de ano pode ser difícil para os acionistas da Palm enquanto esperam para descobrir se novos smartphones da empresa podem competir com aparelhos do naipe do iPhone, da Apple, do Cliq, da Motorola, e do BlckBerry, da RIM.
O que foi um período até então de bons meses para a Palm ficou manchado após a divulgação de suas previsões para o atual trimestre na quinta-feira passada, que ficaram bem abaixo das expectativas de Wall Street —mesmo após seus resultados do último trimestre (primeiro do exercício social da empresa) terem superado previsões.
Analistas acreditam que a demanda pela nova estrela da Palm, o smartphone Pre, está diminuindo após seu antecipado lançamento em junho deste ano. A Palm, que cortou o preço do Pre em 50 dólares recentemente, continua escondendo seus números de vendas.
"A já esperada desaceleração nas vendas do Pre parece estar acontecendo, mas ocorre um trimestre depois do que muitos esperavam, disse o analista Lawrence Harris, da CL King.
Qualquer perda na força do crescimento da Palm chega em um momento crítico, pouco antes da temporada de vendas de fim de ano, quando o Pre e o Pixi —o próximo lançamento da Palm, que conta com uma plataforma webOS— enfrentam os populares aparelhos da Apple, RIM e Motorola.
Analistas alertam, no entanto, que a luta da Palm para continuar o crescimento pode acabar afetando qualquer chance de lucro, principalmente depois do corte no preço do Pre.
"Embora a empresa alegue ter recebido encomendas de diversas operadoras, vemos um risco unitário (na última metade do exercício social), especialmente com outras operadoras ampliando seus fornecedores de smartphones", disse o analista Tim Long, da BMO Capital.