sexta-feira, março 22, 2013

O setor de Petróleo e Gás deve abrir 190 mil postos de trabalho até 2016

O vaivém de soldadores, montadores, eletricistas e ajudantes no Estaleiro Enseada do Paraguaçu, no Caju, na Zona Norte do Rio, demonstra o atual momento da indústria fluminense nos setores de construção naval e de petróleo e gás, este com muitos profissionais (concursados ou terceirizados) atuando também em plataformas. Segundo o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Elias Ramos de Souza, até 2016 serão criados 190 mil empregos no país:

- Os projetos do pré-sal estão em curso e outros em estudo. O mercado vai precisar desses profissionais, e o levantamento desse número de vagas foi feito com base nos projetos de exploração, produção, distribuição e refino, ou seja, toda a cadeia.

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu chegou a ser o segundo maior produtor de navios do mundo, na década de 80 e, após 20 anos fechado, foi reaberto em junho de 2010, quando foi arrendado pela Petrobras. Hoje, está renascendo e sendo modernizado, assim como a indústria continua se reinventando. A casa precisa ser arrumada para os investimentos de exploração de petróleo na camada pré-sal e os demais que estão sendo feitos não somente pela Petrobras, mas por outras empresas.

Apesar dos investimentos que estão sendo feitos por outros estados, como Bahia e Rio Grande do Sul, Souza explica que o Rio continua em alta no cenário nacional.

- É onde temos a principal demanda. O estado aparece com a necessidade de 25 mil profissionais até 2016. O Rio tem um papel específico e importante nessa cadeia produtiva — diz.

“Para cada estrangeiro é preciso ter dois brasileiros”

O superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP, Elias Ramos de Souza, explica que a demanda por pessoal é muito grande no país, e falta mão de obra qualificada. Por isso, existem políticas para atrair profissionais estrangeiros e formar pessoal.

— Temos trabalhado nesses dois sentidos. O Brasil tem investido em diretrizes que visam à formação na área tecnológica. Há uma carência de especialistas no ramo de petróleo. Estudos mostram que das 70 mil autorizações para trabalhar no país no ano passado, 18 mil foram para o trabalho em embarcações ou plataformas. Pelas normas do Ministério do Trabalho, para cada estrangeiro na área offshore, é preciso ter dois brasileiros.

Fonte: Jornal Extra (por Rhamany Santana Moreira)

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