Confirmou o presidente do Sinaval, Ariovaldo
Rocha. Conforme o executivo, até 2917 esse número pode alcançar 100 mil postos
de trabalho
Brasil - A indústria naval brasileira fecha o ano de 2012 com 367 projetos
em carteira, gerando 62 mil empregos diretos em várias regiões. Isso sem
mencionar as novas perspectivas para os próximos 10 anos, cuja geração de
empregos, até 2017, poderá pular para 100 mil postos de trabalho, considerando a
implantação de nove estaleiros, além da emanda de pessoal dos estaleiros atuais,
conforme disse o presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha.
O setor, segundo ele, apresenta uma distribuição em pólos de construção
naval regionais e cumpre seu papel na criação de uma nova categoria
profissional, proporciona integração entre instituições de ensino e pesquisa e
empresas. E frisou que o setor cumpre uma política de Estado de geração de
empregos, formação de recursos humanos e aumento do conteúdo local a navios e
plataformas.
"São empregos de qualidade, bem remunerados, com possibilidade de avanço na
profissão, amparados nas normas de segurança e saúde do trabalho da NR-34,
desenvolvida por comissão tripartite formada por trabalhadores, estaleiros e
técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego".
Para o executivo, um amplo programa de formação de recursos humanos,
desenvolvido ao longo dos anos, está atuante envolvendo universidades, escolas
técnicas e governos federal, estadual e municipal, em diversos pólos navais
regionais (Amazonas; Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul). A carteira de encomendas dos estaleiros brasileiros representa 8% do total
da construção naval internacional. O Brasil é destaque nas estatísticas mundiais
na construção de plataformas e sondas de perfuração.
Uma demanda identificada até 2020, nas encomendas da Petrobras, diz, atrai
investimento de grandes empresas locais e internacionais. Entre as 1000 maiores
empresas instaladas no Brasil 30 participam da atividade de construção naval, 13
são acionistas de estaleiros e 17 são fornecedoras.
Fundo de Marinha Mercante (FMM)
Os desembolsos do Fundo de Marinha Mercante (FMM), segundo a Controladoria
Geral da União (CGU - Portal da Transparência), até novembro de 2012
representaram R$ 2,924 bilhão, confirmando a expectativa de desembolsos
superiores a R$ 3 bilhões, ao final de 2012. Os desembolsos através dos agentes
financeiros com recursos do FMM, desde 2001, somam R$ 16,8 bilhões.
Os estaleiros brasileiros têm em sua carteira de encomendas 367 obras de
construção naval e offshore. Os destaques são as unidades de maior valor
agregado: a construção e integração de 20 plataformas de petróleo e seus módulos
de produção; 28 sondas de perfuração; 70 navios de apoio marítimo; os 66 navios
petroleiros (incluindo produtos e bunker); e 15 navios gaseiros.
Para Rocha, as obras do segmento de transporte fluvial deverão se ampliar
nos próximos anos, em função da prioridade logística que reconhece a importância
desse modal. Permanecem tímidas, no entanto, para as dimensões do nosso mercado,
as encomendas de navios graneleiros e porta contêineres.
Navios petroleiros do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota
da Transpetro), plataformas de produção de petróleo e sondas de perfuração têm
seu cronograma de construção definido, com datas de entregas previstas.
Os estaleiros brasileiros estão construindo 20 plataformas de produção de
petróleo, das quais 14 inteiramente construídas no país. Seis cascos foram
convertidos em estaleiros internacionais.
Os novos estaleiros em implantação aumentam em 70% a capacidade de
processamento de aço do setor, representam investimentos no valor de R$ 8,7
bilhões, com previsão de gerar 24.700 novos empregos.
Já o aumento do conteúdo local nos fornecimentos a navios e plataformas
offshore é uma prioridade da entidade desde 2008. Em 2011 o Sinaval realizou o I
Fórum de Conteúdo Local.
"É uma política de Estado. Estão envolvidos neste esforço o Ministério da
Fazenda (Caixa e BB); o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (ABDI
e BNDES); o Ministério das Minas e Energia (Petrobras e Prominp); Ministério dos
Transportes (Fundo da Marinha Mercante - FMM); Ministério da Ciência e
Tecnologia (FINEP); instituições da iniciativa privada (ONIP, SOBENA, SINAVAL,
SYNDARMA) e instituições de ensino e pesquisa (CEENO, UFRJ-Coppe, USP, UFPE e
FURGS)".
Da Redação
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