Pelo menos R$ 40 milhões devem ser gerados em volume de negócio na 6ª edição da Santos Offshore Oil & Gas, que acontece entre os dias 16 e 19 de outubro, em Santos (SP). O valor é cerca de 5% maior que o resultado da edição de 2011, quando a Reed Exhibitions Alcantara Machado comprou o evento. A empresa é uma joint-venture entre a Reed Exhibitions e a Alcantara Machado.
A estimativa dos organizadores é conservadora, mas leva em conta o fato de o evento ser direcionado principalmente à cadeia do pré-sal da Bacia de Santos, um projeto mais de médio e longo prazo.
A produção diária de óleo em toda a Bacia de Santos é de 140 mil barris e de 10 milhões de metros cúbicos de gás. A estimativa é que a Bacia de Santos forneça 2,1 milhões de barris/dia até 2020, quando responderá pelo equivalente à metade do previsto a ser produzido pelo país no período. Hoje, contribui com 5% a 6%, segundo o gerente-geral da Petrobras em Santos, José Luiz Marcusso.
Dos 38 sistemas de produção programados para entrar em operação até 2020 pela Petrobras, 25 estarão na Bacia de Santos, sendo 24 deles no campo do pré-sal.
A feira terá duas rodadas de negócio, uma organizada pelo Sebrae-SP da Baixada Santista em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip); e outra pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na do Sebrae/Onip, serão 20 empresas-âncora, compradoras como a Petrobras, BG Brasil, OSX e Modec; e 184 empresas fornecedoras, o dobro da edição passada. Estão agendadas 368 reuniões de negócio, 90 a mais que em 2011.
Segundo Igor Tavares, diretor de energia da Reed Exhibitions Alcantara Machado, a Santos Offshore é a maior feira do Estado de São Paulo e a terceira do Brasil no segmento de óleo e gás. Fica atrás da Rio Oil & Gas e da Brasil Offshore. "Nosso interesse em Santos é tão grande quanto as oportunidades de negócio", disse o presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo de Vera.
As empresas fornecedoras da cadeia do petróleo e gás do Estado de São Paulo têm se profissionalizado nos últimos anos. Conforme o diretor do Comitê de Petróleo e Gás da Fiesp-Ciesp, Kalenin Pock Branco, mais de 5 mil empresas paulistas estão cadastradas no registro local da Petrobras; mais de 2 mil têm o Certificado de Registro de Classificação Cadastral (CRCC) da petrolífera, selo mais rigoroso; e mais de 4 mil estão em processo de avaliação pela Petrobras. "Há cinco anos, esses números eram mais modestos, faltava conhecimento sobre o assunto", diz Branco.
Fonte: Valor
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