Índice, revelado durante a Navalshore 2012, poderá ser quatro vezes maior se a projeção incluir as oportunidades geradas nos setores subsidiários de equipamentos e serviços
Rio de Janeiro (RJ) - A consolidação e crescimento da indústria naval provocarão grande impacto na geração de vagas de trabalho no País. Segundo dados da Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), divulgados durante a Navalshore, o segmento terá, em 2016, 100 mil oportunidades de emprego, número de que pode até quadruplicar se a projeção incluir os postos gerados nos setores subsidiários de equipamentos e serviços. "Para cada trabalhador empregado por um estaleiro, há três ou quatro que são contratados por empresas que estão no elo da cadeia", explicou Sergio Luiz Camacho Leal, secretário-executivo do sindicato.
Atualmente há 62 mil trabalhadores atuando diretamente em estaleiros nacionais. Outro índice que merece destaque, segundo Leal, e o número de postos gerados pela indústria naval náutica mais voltada ao lazer: 30 mil. A divulgação destes dados positivos para o segmento foi um dos destaques do primeiro dia da feira promovida pela UBM Brasil que reúne até sexta (3/8), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, 350 expositores nacionais e internacionais de 17 delegações estrangeiras. O evento é um dos maiores encontros do setor naval e offshore da América Latina e deve reunir 15 mil pessoas ao longo dos três dias, em um ambiente de oportunidades de negócios e networking para profissionais vindos de mais de 40 países.
O impulso na geração de empregos é reflexo da retomada da indústria naval. Há no País 26 estaleiros em operação e 11 em implantação, além de 385 obras em andamento no segmento. Atualmente há 570 mil toneladas de aço sendo processadas nestas unidades em funcionamento, número que chegará a 1,2 milhão em 2016, quando os 37 complexos estarão em operação integral. Além disso, serão necessários 287 barcos especiais e de apoio para atender o plano de negócios da Petrobras. Tudo isso soma um montante de R$ 180 bilhões em investimentos no setor até 2020.
Para Milena Barcelos Soares, assistente de Marketing dos estaleiros Mauá, Eisa e Eisa-Alagoas, este cenário positivo está refletindo diretamente na Navalshore. "Este primeiro dia de feira surpreendeu pela quantidade de executivos com poder de decisão com quem estivemos reunidos em encontros de negócios", destacou.
Organizada pela UBM Brazil, a Navalshore reúne, no Centro de Conveções Sul América, no Rio de Janeiro, 350 expositores nacionais e internacionais -- sendo que 50 estão participando pela primeira vez --, de 17 delegações estrangeiras oferecendo oportunidades de negócios e networking para profissionais vindos de mais de 40 países. A expectativa é que, ao longo dos três dias, mais de 15 mil pessoas passem pelos pavilhões. Na edição de 2011, de acordo com o levantamento realizado pela organização, 80% dos estaleiros do Brasil, oriundos de 10 estados diferentes, participaram da feira.
Atuando como media partner da feira, a MACAÉ OFFSHORE ficará num estande montado especialmente para o evento. No local, serão distribuídas as últimas edições da revista, uma das mais completas e atualizadas do setor de petróleo e gás e indústria offshore do Brasil. A nova edição, de número 65, traz um amplo diagnóstico sobre o setor naval offshore brasileiro.
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