Trabalhadores rejeitam acordo e param à revelia do sindicato
Recife (PE) - A construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que já tem um cronograma atrasado — as obras avançaram 57,5% ante uma previsão inicial de que 94,5% estivessem concluídas em 2005 —, sofreu mais um revés: cerca de 44 mil operários paralisaram suas atividades nesta quinta-feira, à revelia do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem de Pernambuco.
Na semana passada, o Sintepav-PE havia fechado um acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) prevendo aumento de 10,5% para os trabalhadores. Mas eles não concordaram com o resultado da convenção.
O Sintepav convocou outra assembleia para hoje com os trabalhadores, que permanecem de braços cruzados. De acordo com operários da construção, muitos foram obrigados a parar sob ameaça de porretes e canos de ferro, nas mãos dos próprios colegas.
O Sinicon anunciou que já estuda adotar medidas legais e demissões. A refinaria fica no complexo industrial portuário de Suape (PE) e teve a maior parte construída pelo consórcio Conest (de Odebrecht Engenharia e OAS). Ela deveria ter entrado em operação em 2012, mas, de acordo com a Petrobras, isso só deve ocorrer em 2014.
A refinaria estourou seu orçamento, e a anunciada parceria com a PDVSA (estatal venezuelana de petróleo) ainda não se concretizou.
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário