A petrolífera estima que a demanda por hidrocarbonetos líquidos atinja 103 milhões de barris por dia
A petrolífera britânica BP divulgou na sede da empresa em Londres, o Energy Outlook 2030, estudo no qual projeta o cenário energético mundial. Dentre as apostas em uma demanda global crescente, nos próximos 20 anos, a companhia destacou o pré-sal como um dos pilares da autossuficiência por petróleo no hemisfério ocidental.
Segundo o documento, “o crescimento de fontes não-convencionais, incluindo óleo e gás provenientes de xisto nos EUA; petróleo de areias betuminosas do Canadá e de águas profundas brasileiras, associados ao declínio contínuo da demanda por petróleo, colaborará para que o hemisfério ocidental se torne quase que totalmente autossuficiente em 2030.”
Nesta configuração, o resto do mundo, especialmente a Ásia, dependerá mais do Oriente Médio. De acordo com a BP, essa região é a que mais detêm a capacidade de aumentar a produção para atender às novas demandas globais. Entretando, em âmbito global, o petróleo continuará a perder mercado, graças à concorrência das energias renováveis, mas, mesmo assim, ainda vai manter em 2030, a hegemonia na matriz mundial. Espera-se, de acordo com a BP, que a demanda por hidrocarbonetos líquidos atinja 103 milhões de barris por dia (b/d), um crescimento de 18% a partir de 2010.
Demanda global
O crescimento da demanda global por energia será provavelmente de 39% até 2030, ou 1,6% ao ano, quase que inteiramente nos países fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A matriz energética global continuará sendo dominada por combustíveis fósseis; cuja participação será de 81%, de acordo com as estimativas da BP, cerca de 6% abaixo dos níveis atuais.
Nesse período também deverá ser observado um aumento na substituição de combustíveis, com o uso de mais gás natural e fontes renováveis, em detrimento do carvão e do petróleo. Esta troca gradual deverá contribuir para que as energias renováveis, incluindo os biocombustíveis, continuem a ser as fontes energéticas com maior crescimento global, a uma taxa anual superior a 8%.
Fonte: NN
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