O diretor de abastecimento da Petrobras, José
Carlos Cosenza, afirmou que não haverá desabastecimento de combustíveis no
país
Rio de Janeiro (RJ) - Recentemente, alguns agentes do mercado de
distribuição alertaram que a forte demanda por combustíveis no Brasil poderia
não ser atendida neste fim de ano. Além disso, a Folha noticiou que o governo
reconhece que a situação está mais delicada este ano.
Governo reconhece aperto no abastecimento de combustível
"Vamos suprir o mercado, o que está combinado a gente vai atender", disse o
diretor, após participar de homenagem à presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
"Estamos importando e estamos produzindo. As refinarias estão trabalhando
em plena capacidade", afirmou. Segundo Conseza, por questões sazonais, a demanda
por diesel começa a reduzir em meados de novembro até janeiro e fevereiro, e a
demanda por gasolina aumenta neste fim de ano.
"Gasolina agora sobe e o diesel vai cair", disse ele. "O pior mês já
passou, que foi o mês de outubro, porque é mês de safra fortíssima no mercado
nacional de diesel."
O diretor afirmou ainda que o cronograma do Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro está dentro do planejado.
Ao citar o nome do diretor de abastecimento da Petrobras em seu discurso de
agradecimento, Graça Foster fez uma pequena referência a Cosenza, afirmando que
ele era a pessoa que não poderia deixar as refinarias atrasarem.
Aperto
Na semana passada, o governo reconheceu que o país passa este ano por uma
situação mais complicada de abastecimento de combustíveis, mas descartou que
ocorram problemas graves de fornecimento nos próximos meses.
"É uma situação de mais aperto. Mas não estamos preocupados. A ANP (Agência
Nacional de Petróleo) está acompanhando o assunto e nos garantiu que está
tranquila", disse Marco Antônio de Almeida, secretário de Petróleo, Gás Natural
e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia.
Ele afirmou, no entanto, que podem ocorrer "problemas pontuais" em algumas
regiões do país.
Gasolina
Conforme a Folha informou no dia 4 de outubro, desde setembro o governo
passou a discutir em reuniões com a Petrobras, a ANP e as distribuidoras um
plano de emergência para evitar a falta de combustível nos postos no fim do
ano.
As regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste são as que necessitam de reforço
na estrutura de distribuição, além dos estados de Minas Gerais e do Rio Grande
do Sul.
A preocupação do governo surgiu diante do forte crescimento no consumo de
gasolina, que este ano passará pela primeira vez dos 36 bilhões de litros, e
pelo fato de que há pico na demanda pelo combustível nos meses de novembro e
dezembro.
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