O TRF decidiu pela suspensão das atividades da empresa no Brasil em razão das operações que causaram vazamento de óleo em Frade
Rio de Janieiro (RJ) - A Petrobras vai recorrer na Justiça para que seja revista a decisão do Tribunal Regional Federal de suspender as atividades da Transocean Brasil no País. A decisão deu-se em função do vazamento de óleo ocorrido no campo de Frade (RJ), operado pelas duas empresas, no final do ano passado e em março deste ano. "Na nossa visão, não há razão para que a Justiça embargue as operações da Transocean e da Chevron",afirmou hoje o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli. Ele concedeu coletiva de imprensa, na sede da empresa no Rio, para detalhar o Plano de Negócios da estatal para o período 2012-2016 na área de E&P.
Segundo ele, essa decisão pode acarretar problemas em outras áreas nas quais a Transocean trabalha para a Petrobras em outras áreas de exploração fora o campo de Frade, no total oito. "Vamos respeitar a decisão, mas já estamos trabalhando em conjunto com o nosso setor jurídico, com a Transocean e, dentrro do possível, com a ANP, de forma articulada.
No último dia 31 de julho, a Quinta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal, da 2ª Região (TRF2), estabeleceu o prazo de 30 dias para que as empresas Chevron e Transocean Brasil suspendam suas atividades de extração e transporte de petróleo no Brasil. O colegiado do TRF2 atendeu a pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF), feito em agravo de instrumento.
A Chevron e a Transocean são acusadas de ter causado derramamentos de óleo cru no Campo de Frade, na Bacia de Campos, litoral norte fluminense, em novembro de 2011 e março de 2012. Segundo a denúncia do MPF, o dano ambiental ocorreu em razão de operações de perfuração mal executadas. O descumprimento da decisão gera multa diária de R$ 500 milhões.
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