domingo, fevereiro 19, 2012

Óleos Pesados


O aproveitamento comercial de acumulações de óleos pesados e viscosos no mar representa um desafio econômico e tecnológico para as grandes companhias de petróleo. A necessidade de desenvolver projetos nessa área foi identificada na Petrobras, pelas Unidades de Negócio e pelo PRAVAP - Programa de Recuperação Avançada de Petróleo, a partir do qual foram criados os projetos sistêmicos específicos para o assunto.

Tais projetos geraram resultados que apontam para uma possível viabilidade econômica desse tipo de exploração. A partir daí, o Planejamento Estratégico da Petrobras incluiu como uma de suas metas o desenvolvimento de óleos pesados offshore. Diante desse cenário, cada vez mais amplo, foi criado o PROPES - Programa Tecnológico de Óleos Pesados.

Os volumes de óleo pesado e viscoso descobertos pela Petrobras nos últimos anos nas bacias de Campos e Santos já ultrapassam 15 bilhões de barris. A maior parte deste óleo se encontra em lâmina d`água acima de 1000 m, o que exige tecnologias sofisticadas e caras para sua extração. Além disso, devido a suas características, os campos portadores de óleo pesado, se comparados aos de óleo leve do tipo Brent, tendem a ter menor produtividade e recuperação final.

Devido a esta dificuldade, novas tecnologias devem ser desenvolvidas para fazer frente a estas peculiaridades e maximizar as produções e recuperações dos poços produtores. Outro fator que impacta a viabilidade econômica do petróleo pesado offshore é seu menor valor de mercado em relação a óleos mais leves como os do Mar do Norte (Brent), podendo chegar a uma depreciação de 20%, em relação a eles, dependendo de sua composição.
Na área do refino, o investimento também é grande para adequar as instalações de nossas refinarias à qualidade do óleo pesado produzido no Brasil. Viabilizar as jazidas de óleos pesados, em projetos que requerem maior investimento para desenvolvimento, aliado à produção de um óleo de menor valor de mercado é o grande desafio do PROPES - Programa de Óleos Pesados.

Fonte: http://www.tpn.usp.br/

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