A perfuração de um poço exploratório pela empresa norte-americana Chevron foi a causa do vazamento de petróleo na área de Frade, Bacia de Campos (RJ).
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o vazamento continua em um volume estimado em 700 barris de óleo por dia, o que forma uma mancha localizada a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
A ANP e a empresa avaliam a melhor forma de executar a cimentação do poço que, apesar de ser próximo, não tem ligação com a estrutura de produção de petróleo da Chevron já em atividade em Frade.
“A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer”, afirma Florival Carvalho, diretor da ANP.
Em comunicado, a Chevron descarta que a atividade de produção de petróleo no campo esteja associada ao vazamento. Mas não menciona o mesmo para a atividade exploratória. “De acordo com inspeções feitas nas instalações do campo, as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações e a mancha, e a produção do campo foi mantida”.
Vazamento pode ser pior Segundo imagens da ONG SkyTruth, especializada em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, o vazamento na Bacia de Campos pode ser até seis vezes pior do que o divulgado.
“Assumindo que o vazamento começou no dia 8 de novembro, nós estimamos que a taxa de vazamento seja de 3.738 barris por dia (594.294 litros)”, informou a ONG em seu blog.
Em nota divulgada na última quarta-feira, a ANP informou que a cimentação começou na última quarta-feira. A Agência Nacional do Petróleo ainda afirma que a mancha de óleo está se afastando do litoral brasileiro.
“Essa dispersão gera um aumento da superfície de mancha, com menor densidade de óleo. Essa diluição é resultado do trabalho de dispersão mecânica realizada por navios que se encontram no local e por condições climáticas”, diz a nota.
Fonte: Portal Terra
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