segunda-feira, setembro 05, 2011

BNDES quer ser sócio de fornecedores brasileiros do setor petrolífero


A participação no capital das empresas será através do BNDES Participações (BNDESPar)

Quem quiser criar uma empresa, ampliar ou modernizar companhias que já atuam no setor de materiais, equipamentos e serviços para a indústria de petróleo e gás no Brasil poderá ter um sócio de peso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O superintendente da Área de Insumos Básicos, Rodrigo Bacellar, anunciou nesta quinta-feira (dia 01/09) que a instituição está disposta a participar como sócia nas empresas fornecedoras de bens e serviços para o setor petrolífero que tenham grande potencial de crescimento mas que não têm, no momento, garantias para tomar financiamentos.

Bacellar fez o anúncio após detalhar para empresários e executivos do setor o novo programa do banco de financiamento, o BNDES P&G. Esse programa, com taxas de juros especiais, foi lançado nesta quinta durante o seminário sobre o desenvolvimento da cadeia de fornecedores de petróleo e gás, na sua sede do banco, no centro do Rio.

"O banco consolidou todos os produtos que pode oferecer para o incremento da cadeia produtiva do setor, incluindo o financiamento, mas também a renda variável (compra de ações). Não está criando nada diferente do que já existe", destacou Bacellar.

A participação no capital das empresas será através do BNDES Participações(BNDESPar). Bacellar explicou que a participação do banco se aplica a empresas que tenham perspectiva de crescimento muito grande, viés tecnológico forte, mas que não tenham capacidade de contratar empréstimos por serem pequenas. Segundo ele, nessas empresas o maior ativo, em geral, são as pessoas.

O BNDES P&G, de acordo com Bacellar, terá R$ 4 bilhões em recursos até 2015 para a concessão de financiamentos visando a estimular a criação de novas empresas, ou ampliação e modernização das já existentes. Esse volume de recursos será destinado apenas a linhas de crédito. Não estão incluídos valores para a compra de participações acionárias.

Além da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), essas linhas têm juros que variam de 6,96% a 11,04% ao ano, dependendo do tipo de negócio e do tamanho da empresa. Para projetos de inovação tecnológica as taxas de juros variam de 4% a 7% ao ano. Os prazos são de até dez anos e o valor a financiar pode representar de 80% a 90% do custo total do projeto.

"A Petrobras apresentou sua demanda (investimentos de US$ 224,7 bilhões até 2015), o BNDES coloca como pode apoiar a cadeia de fornecedores para entregar as encomendas e promover o aumento do conteúdo local", destacou Bacellar.

O executivo explicou que o objetivo do banco com esse programa de financiamento específico para petróleo e gás é atuar nos gargalos que afetam a competitividade e ao desenvolvimento do setor, como a dificuldade de acesso ao crédito e à tecnologia de ponta e os altos custos de capital.

Fonte: O Globo

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