sábado, agosto 06, 2011

Qualificação, eis a questão


A indústria vivencia uma demanda crescente por profissionais qualificados. Entretanto, a formação de recursos humanos tem sido o grande gargalo do setor. Apesar do número de graduados, as empresas reclamam da falta de profissionais aptos às suas necessidades.

O mercado de construção naval, petróleo e gás brasileiro passa por grandes mudanças. Os cenários são otimistas, demandando profissionais das mais diversas áreas para garantir o aumento da capacidade produtiva dos estaleiros e petroleiras. Com as perspectivas de aumento da produção de petróleo no Brasil, principalmente após as descobertas do pré-sal, cursos voltados para a formação de mão de obra para o setor proliferaram em todo país. Segundo o Ministério da Educação, nos últimos dois anos foram criados nada menos que cerca de cem novos cursos superiores destinados à capacitação para o setor de óleo, gás e indústria naval. São Paulo concentra a maior parte deles, seguido de Rio de Janeiro, mas também há oportunidades em estados como Espírito Santo, Amazonas e Bahia. A grande procura por profissionais, especialmente por parte de multinacionais, também tem impulsionado a expansão de treinamentos e cursos livres.

A indústria do petróleo engloda as mais diversas atividades, desde a engenheria ao direito, passando pela medicina e pela administração de empresas, dentre outras. Com isso, vários cursos profissionalizantes e de graduação surgiram para atender não só as centenas de empresas nacionais e internacionais, mas também pessoas interessadas em ingressar no mercado de óleo e gás - com remunerações até 30% superiores ao que é pago em outros setores da economia.

Em 1999, a PUC-Rio iniciou a turma de especialização em Engenharia de Petróleo, para graduados em Engenharia Plena, com o objetivo de formar profissionais em curto tempo (400 horas). Depois de ganhar experiência com as várias turmas, a instituição decidiu criar o curso de graduação em engenharia de petróleo, iniciado em 2005. Segundo Sérgio Fontoura, coordenador do referido curso, a procura pela especilização é grande. "Anualmente, recebemos cerca de 30 alunos para o curso de graduação e 40 alunos para a especialização em Engenharia de Petróleo para graduados", afirma ele. "Nossa maior preocupação é garantir uma formação de alto nível para estes alunos e suprir o mercado com bons profissionais", diz.

A profissão de engenheiro de petróleo, por exemplo, está em franco crescimento. O salário médio inicial de R$ 2 mil e o interesse de empresas do porte de Petrobras, Ipiranga e Shell, fazem da engenharia de petróleo uma opção atrativa para quem pretende construir uma carreira profissional. Além de trabalhar com o estudo e análise de jazidas de petróleo, e projetos de extração do produto, o profissional dessa área pode trabalhar com outros combustíveis, como o gás natural.

Tecnólogos

A maior parte dos cursos destinados à formação de tecnólogos, que têm diploma de curso superior, mas não título de bacharel. São cursos de menor duração do que uma graduação tradicional, voltados exclusivamente para o mercado de trabalho.

O curso tem duração menor ( média de dois anos) que a do bacharelado (quatro a cinco anos). No entanto, com esta formação, os profissionais ainda não são aceitos nas inscrições para vagas de nível superior em concursos da Petrobras. A altenativa, nesse caso, é buscar trabalho em empresas terceirizadas.

Cada curso de tecnologia em petróleo e gás prioriza áreas específicas, como técnica operacional, refino, processamento de petróleo, mineração, gestão de negócios, serviços em poços de petróleo, produção industrial, entre outras.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

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