O presidente do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, na véspera do I Fórum de Conteúdo Local, que será realizado nesta sexta-feira, no Rio, com a presença de importantes representantes do Governo Federal, faz um chamamento aos fornecedores nacionais.
"Há um enorme mercado a ser preenchido pela indústria local, mas muitos desses empresários não acordaram para essa realidade. Há encomendas bilionárias à disposição e que crescerão ainda mais com a exploração do pré-sal", diz Rocha.
Ele salienta que a atual carteira dos estaleiros beira US$ 7 bilhões, mas, nos próximos anos, as encomendas podem chegar à astronômica cifra de US$ 140 bilhões. Contudo, adverte: "Os fornecedores locais têm de se qualificar e lutar por esse espaço, da mesma maneira que os estaleiros mostraram ao governo a importância de reter essas ordens na construção naval brasileira".
De acordo com Rocha, nos navios da Transpetro, a participação nacional chega a 70%, mas, em barcos de apoio é bem menor, porque há mais equipamentos sofisticados que precisam ser importados, em razão de serem feitos por poucos grupos internacionais. Segundo o presidente do Sinaval, as expectativas positivas estão sempre crescendo. Os últimos dados indicam que, para o futuro próximo, a Petrobras e outras empresas de petróleo deverão encomendar, no país, 105 plataformas, 550 barcos de apoio e 70 petroleiros (navios aliviadores).
"Isso representará milhões de parafusos, escadas, geladeiras, tubos, fios, lâmpadas, a serem fornecidos pela indústria nacional, mas, para isso, os fornecedores têm de mostrar interesse real em participar", argumenta Rocha.
O dirigente ressalta que, para 2011, uma das prioridades do Sinaval é justamente o aumento de conteúdo local. "Queremos mais sistemas e equipamentos brasileiros em nossos navios e plataformas", conclui Rocha.
Fonte: Monitor Mercantil http://www.monitormercantil.com.br/
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