No dia de sua posse como novo ministro de Minas e Energia (MME), Edison Lobão, já fez questão de mostrar serviço e balançar o setor petrolífero com a garantia de que o primeiro leilão de áreas no pré-sal será realizado em 2011. Em seu discurso no dia 3, Lobão afirmou que a possibilidade maior é que isso aconteça no segundo semestre. Com a atitude, o senador se alinha com o pensamento do novo governo, exposto nas palavras da presidente Dilma Rousseff, ao assumir o cargo, dizendo que o pré-sal é o passaporte para o futuro do Brasil.
No entanto, a previsão do ministro do MME esbarra no projeto de lei que define as novas regras para a divisão dos royalties do petróleo. Isso porque os leilão será realizado no regime de partilha, que está atrelado à votação da nova fórmula de rateio dos dividendos do óleo da camada pré-sal. O tema ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, uma vez que o ex-presidente Lula vetou a proposta aprovada por parlamentares no ano passado, enviando novo projeto com base em acordo feito com governadores do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Lobão tocou também no assunto referente às llicitações de blocos de petróleo ainda sob o regime de concessão, que vigora atualmente. Seria a 11ª rodada e o ministro se comprometeu a realizá-la ainda no primeiro semestre de 2011. Segundo ele serão incluídas áreas tanto no mar quanto em terra. Presente na solenidade de posse, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, se esquivou das perguntas sobre os leilões do pré-sal, dizendo que a Petrobras apenas age como for definido.
Planos
Se com as palavras Gabrielli se mostrou cauteloso, na prática a estatal que dirige continua se mexendo com atitude, na exploração do pré-sal. Na última sexta-feira, dia 7, a Petrobras informou, em comunicado, que aprovou o afretamento de duas novas plataformas do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás) destinadas aos projetos-pilotos da área de Guará-Norte e do campo de Cernambi (antiga área de Iracema), localizadas no pólo pré-sal da Bacia de Santos.
Ambas as plataformas fazem parte da primeira fase do desenvolvimento da produção de Guará-Norte e Cernambi. Cada uma delas terá capacidade de produzir até 150 mil barris de oléo e 8 milhões de metros cúbicos de gás, diariamente. “Os consórcios tomaram a decisão estratégica de afretar as unidades para viabilizar a antecipação da produção dessas áreas”, diz nota da Petrobras, que afirma que a previsão de entrada em operação das unidades é em 2014.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/
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