domingo, setembro 26, 2010

MORATÓRIA NO GOLFO PREJUDICA PETROBRAS


No último dia 19, foi anunciado que a British Petroleum (BP) conseguiu, finalmente fechar o poço Makondo permanentemente, tendo, inclusive, o o Escritório de Regulação da Administração de Energia Oceânica dos Estados Unidos declarado o local como oficialmente selado. Entretanto, o rescaldo do acidente no Golfo do México ainda atinge a Petrobras, na medida em que segue em vigor a moratória que suspende a exploração de petróleo na região.

O problema foi motivo de discussão na 15ª edição da Rio Oil & Gas, realizada entre os dias 13 e 16 de setembro, no Rio de Janeiro, em debate com a presença do gerente de projetos da Petrobras no Golfo do México, César Palagi. De acordo com o executivo, a moratória impactou negativamente nas finanças da companhia nos EUA, além de atrasar o cronograma de produção nos campos de Cascade e Chinook. Palagi explicou de maneira óbvia o prejuízo, afirmando que a expectativa é de produzir 80 mil barris na área. Já que eles não estão sendo explorados, há influência no planejamento da estatal.

Agora, a produção, antes projetada para o primeiro semestre desse ano, está prevista para começar no fim de 2010, embora a campanha de perfuração nos campos de Cascade e Chinook esteja em compasso de espera. A suspensão decretada pelo presidente Barack Obama está afetando a prospecção de poços adicionais, mas já há dois completos e estrutura preparada para oito, podendo ser ampliada para o dobro de poços.
Tecnologia inédita na região
No último dia 20, a BP impressionou a ANP com uma apresentação sobre o acidente no Golfo e as medidas tomadas para contê-lo. Porém, no território onde a petrolífera lutou contra o vazamento de óleo que causou o maior desastre ambiental da história dos EUA, a metodologia nacional para explorar petróleo promete surpreender quem já opera na região. Para produzir em Cascade e Chinook, a Petrobras irá usar a primeira unidade flutuante no Golfo.

A partir daí, outras empresas poderão também utilizar FPSOs, que facilitam a retirada em caso de furacões, bastante comuns no Golfo do México. Devido ao ineditismo desse método para explorar petróleo, não havia regulamentação para a instalação da unidade BW Pioneer, que vai produzir a uma profundidade de 2,5 mil metros. De acordo com Palagi, os equipamentos para a perfuração na região ainda serão contradados, já que, por causa da moratória, outros já adquiridos tiveram de ser realocados.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

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