Empresas de pequeno porte tentam fechar até US$ 400 milhões em negócios em evento do setor realizado no Rio
SÃO PAULO - Micro e pequenas empresas também disputam espaço e negócios no maior evento do setor de óleo e gás na América Latina, o Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro. Cerca de 225 empresas com faturamento de até R$ 2,4 milhões participarão de rodadas de negócios com grandes companhias estrangeiras e nacionais. A expectativa é de que esses encontros gerem contratos para pequenas empresas que somam US$ 400 milhões.
A conferência, que esse ano conta com a participação de 20 mil pessoas de 53 países, é realizada a cada dois anos desde 1982. Mas a presença de micro e pequenos empresários no evento é recente. Eles praticamente começaram a ser notados na última década, com a criação da chamada Rede Petros - são associações de pequenas empresas, principalmente do setor industrial da cadeia de petróleo e gás, que se articulam para participar de compras e licitações juntas e chegam a produzir em parceria.
Desde 2002, foram criadas 16 redes em 12 Estados brasileiros. Mais de 2 mil empresas integram essas associações. "O grande desafio dessas redes é aproveitar os investimentos do pré-sal para dar um salto em inovação tecnológica e qualidade", diz Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Sebrae Nacional. Assim, segundo ele, essas empresas terão a possibilidade de conquistar espaço também no mercado internacional.
O evento que está sendo realizado no Rio de Janeiro é um primeiro passo para essa internacionalização. "Serve de vitrine para as pequenas empresas que estão nessa cadeia de gigantes. Elas podem prospectar negócios no mundo inteiro sem sair do Brasil", diz o diretor.
Oportunidade. Para a Subsin, empresa originada na incubadora do Exército e que também integra a rede, o evento não é apenas uma oportunidade de vender seus produtos e serviços, mas uma chance de se mostrar ao mercado. "O tempo médio de maturação de um contrato na nossa área é de seis meses. Não estamos interessados nisso agora. Queremos ser conhecidos", disse o diretor presidente da empresa, Melquisedec Santos.
A Subsin desenvolve robôs para inspecionar cascos de navios e plataformas, tanques de armazenagem, dutos e galerias pluviais. Além disso, a empresa oferece serviço de engenharia com diagnósticos sobre as condições dessas estruturas. O faturamento médio é de R$ 1,5 milhão. "Além de conhecer potenciais clientes, temos interesse em firmar parcerias tecnológicas", diz Santos.
As rodas de negócios são organizadas pelo Sebrae e pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip). Os encontros são realizados sempre das 15h às 19h. Cerca de 70 pequenas empresas foram selecionadas para negociar com 45 companhias estrangeiras inscritas nas rodadas internacionais. Para os encontros nacionais, estão inscritas 28 grandes empresas âncoras e outras 225 de menor porte.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário