Classificada como uma das culturas mais produtivas do mundo, a palma ganha investimento de quase um bilhão no Brasil
As primeiras sementes de palma provavelmente chegaram ao Brasil na mão dos escravos séculos atrás. Por isso, quando se descobre que a palma, Elaeis guineensis para os cientistas, também pode ser chamada de dendê, tudo parece mais simples para muita gente. Dendê remete à Bahia e ao acarajé. E esse foi, por muitos anos, um dos principais destinos do óleo de palma no Brasil.
Leia mais no blog Nosso Mundo Sustentável
Hoje, dados revelam que 80% da produção de óleo extraída do fruto da palma se transforma em alimentos como margarina, biscoitos e macarrão instantâneo. Os 20% restantes viram ativos para fabricar cosméticos, sabonetes e, recentemente, biodiesel.
Características como alta produtividade em um espaço pequeno, balanço energético favorável e semelhança com o óleo diesel convencional podem alavancar essa porcentagem. Somente um investimento da Petrobras Biocombustível,no interior do Pará e em Portugal,ultrapassa R$ 1 bilhão.
Para incentivar o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, garantir que a produção não prejudique a Floresta Amazônica, o Ministério da Agricultura, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e com a Casa Civil, lançou, em maio deste ano, o Programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo no Brasil.
Um dos destaques do material é o mapeamento das áreas que podem ser usadas para o cultivo e a restrição do desmatamento. Além disso, o programa também concede crédito, treinamento e possibilita o acesso dos produtores às novas tecnologias.
As vantagens do cultivo da palma, enumeradas por pesquisadores como Maria do Rosário Lobato Rodrigues, da Embrapa Amazônia Ocidental, são muitas.A rentabilidade é o grande destaque. Dados de 2000 mostram que a palma produz cerca de 30,57% de óleo em apenas 7,52% da área destinada para seu cultivo.Em comparação, a soja é responsável por 35,85% da produção total usando 63,48% da área total.
- Investir na produção de palma é uma grande escolha, pois trata-se de uma das culturas mais produtivas do mundo - reforça Maria do Rosário.
Para a pesquisadora, o óleo de palma pode ser considerado o mais adequado para a região amazônica pois é uma cultura perene, com longa permanência, cerca de 25 anos, e protetora do solo. Rosário ressalta ainda o processo mecânico, que não exige químicos para a extração, e a não produção de substâncias tóxicas, como ocorre com a mamona. Além disso, as características semelhantes ao diesel convencional e a baixa mecanização, que aumenta o número de empregos diretos, são impulsionadores.
Embora o investimento inicial seja alto, a expectativa é de que o preço do biocombustível, daqui a quatro anos, quando o polo da Petrobras estiver em funcionamento, seja inferior ao do diesel convencional.
Quanto às dúvidas sobre a integridade do projeto, Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, é taxativo:
- Somos tão rigorosos com a sustentabilidade que ela chega a ser cláusula de veto
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/
As primeiras sementes de palma provavelmente chegaram ao Brasil na mão dos escravos séculos atrás. Por isso, quando se descobre que a palma, Elaeis guineensis para os cientistas, também pode ser chamada de dendê, tudo parece mais simples para muita gente. Dendê remete à Bahia e ao acarajé. E esse foi, por muitos anos, um dos principais destinos do óleo de palma no Brasil.
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Hoje, dados revelam que 80% da produção de óleo extraída do fruto da palma se transforma em alimentos como margarina, biscoitos e macarrão instantâneo. Os 20% restantes viram ativos para fabricar cosméticos, sabonetes e, recentemente, biodiesel.
Características como alta produtividade em um espaço pequeno, balanço energético favorável e semelhança com o óleo diesel convencional podem alavancar essa porcentagem. Somente um investimento da Petrobras Biocombustível,no interior do Pará e em Portugal,ultrapassa R$ 1 bilhão.
Para incentivar o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, garantir que a produção não prejudique a Floresta Amazônica, o Ministério da Agricultura, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e com a Casa Civil, lançou, em maio deste ano, o Programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo no Brasil.
Um dos destaques do material é o mapeamento das áreas que podem ser usadas para o cultivo e a restrição do desmatamento. Além disso, o programa também concede crédito, treinamento e possibilita o acesso dos produtores às novas tecnologias.
As vantagens do cultivo da palma, enumeradas por pesquisadores como Maria do Rosário Lobato Rodrigues, da Embrapa Amazônia Ocidental, são muitas.A rentabilidade é o grande destaque. Dados de 2000 mostram que a palma produz cerca de 30,57% de óleo em apenas 7,52% da área destinada para seu cultivo.Em comparação, a soja é responsável por 35,85% da produção total usando 63,48% da área total.
- Investir na produção de palma é uma grande escolha, pois trata-se de uma das culturas mais produtivas do mundo - reforça Maria do Rosário.
Para a pesquisadora, o óleo de palma pode ser considerado o mais adequado para a região amazônica pois é uma cultura perene, com longa permanência, cerca de 25 anos, e protetora do solo. Rosário ressalta ainda o processo mecânico, que não exige químicos para a extração, e a não produção de substâncias tóxicas, como ocorre com a mamona. Além disso, as características semelhantes ao diesel convencional e a baixa mecanização, que aumenta o número de empregos diretos, são impulsionadores.
Embora o investimento inicial seja alto, a expectativa é de que o preço do biocombustível, daqui a quatro anos, quando o polo da Petrobras estiver em funcionamento, seja inferior ao do diesel convencional.
Quanto às dúvidas sobre a integridade do projeto, Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, é taxativo:
- Somos tão rigorosos com a sustentabilidade que ela chega a ser cláusula de veto
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/
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