Palma utiliza cerca de 10% da área plantada de soja para produzir a mesma quantidade de óleo
O investimento da Petrobras no biocombustível de óleo de palma é grande e envolve dois projetos distintos: Pará e Belém. O primeiro inclui uma usina no Pará com capacidade para produzir 120 milhões de litros por ano.
Além de abastecer a região norte do país, a ideia é que os mais de R$ 330 milhões investidos beneficiem o desenvolvimento econômico e social daquela área. O segundo, intitulado Belém, marca a entrada da empresa no ciclo europeu. Em parceria com a Galp Energia,cerca de 250 mil toneladas de biodiesel/ano (green diesel) serão produzidas em Portugal. Todas as mudas devem ser plantadas no Brasil - mais de 2 milhões já estão em viveiros na região - e apenas a finalização do óleo que segue para a União Europeia é que será feita em Portugal.
Toda a plantação deve adotar um sistema chamado mosaico, que mantém faixas de floresta no meio da plantação. Além disso, o bagaço da palma deve colaborar na questão energética.
- Para abastecer as novas usinas, devemos gerar energia elétrica a partir dos resíduos da palma - afirma Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível.
Outro destaque dos dois projetos é o foco na agricultura familiar. Hoje são mais de 4 mil famílias cadastradas, e o número pode aumentar. Como o ciclo das plantas é longo, o óleo só deve começar a chegar aos consumidores daqui quatro anos.
Produção com foco em áreas degradadas
Mesmo quando o destino do óleode palma não é o tanque de veículos, a preocupação com o manejo do solo, a mão de obra e a preservação da floresta deve permanecer. No segmento há 27 anos, a Agropalma, cujo foco da produção é a indústria cosmética e de alimentação, mantém uma área de mais 39 mil hectares de dendê rodeados por 65 mil hectares de reservas florestais no Pará, que fazem dela a maior produtora individual de óleo de palma da América Latina.
Agora, a partir do replantio, a empresa deve dobrar sua produção sem crescer em área. No foco da expansão está, entre outras questões, a indústria oleoquímica. Para Marcello Brito, diretor comercial e de Sustentabilidade da Agropalma, os recentes incentivos do governo federal e novos financiamentos são positivos desde que sejam cumpridos.
- Ecologia e economia podem andar juntos. O grande segredo é produzir em áreas já degradadas, preservando e recuperando mosaicos florestais - reforça.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/
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