sexta-feira, novembro 12, 2010

Plataformas terão caixa preta para explorar petróleo


Acidente no Golfo do México levou GE a adaptar mecanismo de aviões para poços

Conhecida por fabricar turbinas, a americana GE está desenvolvendo tecnologias para a indústria petrolífera que poderão ajudar a desenvolver o pré-sal brasileiro. Entre as novas invenções, uma caixa preta para as plataformas guardarem informações mesmo após acidentes, tal como na indústria aeronáutica.

Presidente mundial da GE para Óleo e Gás, Claudi Santiago, afirmou que a empresa está desenvolvendo uma nova geração de blowout preventers, válvulas que fecham e abrem os poços. A tecnologia usada na aviação será adaptada, segundo ele, aos poços de petróleo.

Dados sobre temperatura, pressão, corrosão de tubos, compressão de gás, entre outros, serão armazenados na caixa preta. "Teremos uma nova geração de blowout preventer", afirmou, em evento da multinacional, no Rio, para anunciar seus investimentos.

O diretor mundial da área de pesquisas da GE, Mark Little, afirmou que a ideia de criar o mecanismo surgiu após o acidente que paralisou a exploração de petróleo nos Estados Unidos e na Europa.

A explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril no Golfo do México, provocou a morte de 11 trabalhadores e o maior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Os governos americano e europeu, então, anunciaram a interrupção das as atividades de perfuração até que o esclarecimento dos fatos.

A indústria ainda busca informações precisas sobre o que ocorreu com a plataforma que explodiu no Golfo. O que se sabe é que o blowout preventer da unidade não funcionou após a explosão e por isso o petróleo continuou jorrando por cerca de três meses do poço.

Além das novas plataformas, a GE está desenvolvendo ainda tecnologias para separar o petróleo do gás ainda antes deste chegar à plataforma. O processo de separação costuma ser feito depois que o petróleo sobe do poço, na plataforma. Presente no País há 90 anos, a empresa planeja investir US$ 500 milhões em três anos, além da manutenção de aportes para treinamento de pessoal.

Fonte: http://economia।ig.com.br/

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