quarta-feira, novembro 24, 2010

Mercado competitivo requer profissional mais capacitado


A quebra do monopólio do petróleo pela lei 9.478, de 6 de agosto de 1997, trouxe como exigência a ampliação do mercado de trabalho. Num país em que o desemprego ronda todas as profissões, as pessoas com conhecimento no setor de petróleo, seja em nível técnico ou superior, encontram uma área em plena expansão após a abertura econômica, responsável pela entrada de empresas estrangeiras no Brasil.

Quando a Petrobras surgiu, em 1953, no governo de Getúlio Vargas, havia a dificuldade de contratar pessoal preparado para atuar no setor. A alternativa foi buscar profissionais em outros países e, por um tempo, enviar empregados da companhia para fazer cursos de pós-graduação - mestrado e doutorado - em outros países. No começo, a Europa era a referência e, mais tarde, com o crescimento e o fortalecimento da indústria norte-americana, os estudos eram realizados mais nos Estados Unidos, o que gerava um custo excessivo pela quantidade de pessoas mandadas para o exterior.

A criação de dois centros internos de treinamento, um no Rio de Janeiro e outro na Bahia, solucionou em parte o problema de formação de mão-de-obra especializada. Iniciou-se, nessa época, o processo de preparação de um quadro de funcionários e o público-alvo eram engenheiros de áreas diversas e geólogos. Eles chegavam à companhia e, de um ano a um ano e meio tornavam-se engenheiros de petróleo. Depois, periodicamente, faziam cursos de reciclagem, que ainda hoje são oferecidos aos empregados sem formação acadêmica.

Os centros de treinamento internos foram os embriões da Universidade Corporativa Petrobras, que tem como objetivo, por meio da execução de programas de educação continuada, formar o funcionário segundo uma perspectiva humano-empresarial, de forma que ele conheça os valores internos e sinta-se parte do processo de desenvolvimento da companhia. O trabalho de ensino e capacitação é realizado em parceria com empresas, universidades e consultorias.

Parcerias que deram certo
O grupo Petrobras possui, aproximadamente, 34 mil funcionários em atividade. Oito mil têm nível superior, a maior parte na área de engenharia, e os demais cargos são ocupados por pessoas de nível médio, entre elas operadores, mecânicos, eletricistas e técnicos. Na década de 1980, a empresa começou a fazer convênios com universidades brasileiras e promover o fortalecimento de centros de excelência, que receberiam verbas orçamentárias da Petrobras e, com o tempo, caminhariam com as próprias pernas. Nasceram cursos de pós-graduação em diversas universidades, entre elas a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Fonte: http://www.comciencia.br/

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