A indústria petroquímica brasileira atual é conseqüência do planejamento estatal iniciado em 1965 com a instalação do GEIQUIM - Grupo Executivo da Indústria Química, responsável pelas orientações básicas na concepção dos três pólos petroquímicos hoje existentes, que iniciaram as suas atividades ao longo de um período de 10 anos: (1) pólo de São Paulo (Capuava/Santo André), em 1972; (2) pólo da Bahia (Camaçari), em 1978 e (3) pólo do Rio Grande do Sul (Triunfo), em 1982. Nestes pólos, situados próximos a refinarias da Petrobras, está hoje localizada a quase totalidade das indústrias petroquímicas de 1a. e 2a. gerações, embora existam algumas instalações destas modalidades, de menor porte, em outros centros industriais do país. Apesar de a expressiva produção brasileira de 3 milhões de toneladas/ano de eteno, o balisador da produção petroquímica, corresponder atualmente a 3% da produção mundial, ainda não existem no país empresas petroquímicas de grande porte, totalmente integradas e empresarialmente verticalizadas, a semelhança do que ocorre nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Nos últimos 12 anos, vem decrescendo continuamente a ação coordenadora e o apoio estatal ao setor petroquímico, expressas no período de implantação da indústria na forma de financiamentos de bancos oficiais, da participação da Petroquisa, subsidiária da Petrobras, nos empreendimentos e do fornecimento de nafta em condições favorecidas. As privatizações dos anos 90, iniciadas no governo Collor, acompanhadas pela abrupta abertura comercial e pelo encolhimento das proteções tarifárias, não favoreceram novos investimentos na indústria petroquímica, cujo crescimento praticamente estagnou durante a década, como indica o pequeno crescimento do setor, de apenas 9% entre 1990 e 1997 comparado a um aumento do PIB em torno de 21% nesta fase economicamente turbulenta do país. Nesse período, a Petroquisa deixou de atuar como planejadora e arquiteta da política industrial do setor e teve de alienar a maior parte de suas participações societárias. Mais recentemente, em 2000, foi interrompido o subsídio à nafta recebida da Petrobras. Tendo em vista que, em média, 83% dos custos variáveis da indústria provêm da matéria-prima, este fato, previsivelmente, teve impacto fortemente negativo na competitividade das empresas nacionais, principalmente das de 2a. geração, mais suscetíveis à concorrência de produtos similares importados.
As três petroquímicas de 1a. geração, Petroquímica União, Braskem-Unidade de Insumos Básicos e Copesul, são de capital predominantemente nacional, como também a maioria das de 2a. geração, entre estas destacando-se Braskem, Oxiteno, Petroflex e Ipiranga. No entanto, empresas mundiais, como p. ex., Dow Química, Rhodia, Basell (associação petroquímica entre Basf e Shell), Solvay e outras, têm aqui expressiva presença na 2a. e na 3a. gerações através de suas filiais, algumas delas já instaladas antes do surgimento dos pólos petroquímicos. As empresas globais se distinguem das nacionais pelos produtos de maior valor agregado, atuando destacadamente na área de especialidades químicas, com forte conteúdo tecnológico, constantemente atualizado e ampliado através do apoio dos centros de P&D localizados nos países de origem.
Mesmo após as reestruturações ocorridas neste ano, a indústria petroquímica no Brasil encontra-se ainda pulverizada em um grande número de empresas, apresentando um nível de verticalização extremamente baixo ao contrário do que ocorre no resto do mundo. Assim é que, em 2001, no pólo de São Paulo, representado por unidades de Capuava, Santo André e Paulínia, existiam nada menos do que 24 diferentes empresas de 2a. geração; em Camaçari-Ba, estavam instaladas 19 empresas de 2a. geração, além da Copene, que é como era chamada a atual Unidade de Insumos Básicos da Braskem; e em Triunfo, a Copesul abastecia 7 empresas de 2a. geração. Além disso, é comum a presença de uma mesma empresa nos três grandes pólos.
Fonte: http://www.comciencia.br/
Nos últimos 12 anos, vem decrescendo continuamente a ação coordenadora e o apoio estatal ao setor petroquímico, expressas no período de implantação da indústria na forma de financiamentos de bancos oficiais, da participação da Petroquisa, subsidiária da Petrobras, nos empreendimentos e do fornecimento de nafta em condições favorecidas. As privatizações dos anos 90, iniciadas no governo Collor, acompanhadas pela abrupta abertura comercial e pelo encolhimento das proteções tarifárias, não favoreceram novos investimentos na indústria petroquímica, cujo crescimento praticamente estagnou durante a década, como indica o pequeno crescimento do setor, de apenas 9% entre 1990 e 1997 comparado a um aumento do PIB em torno de 21% nesta fase economicamente turbulenta do país. Nesse período, a Petroquisa deixou de atuar como planejadora e arquiteta da política industrial do setor e teve de alienar a maior parte de suas participações societárias. Mais recentemente, em 2000, foi interrompido o subsídio à nafta recebida da Petrobras. Tendo em vista que, em média, 83% dos custos variáveis da indústria provêm da matéria-prima, este fato, previsivelmente, teve impacto fortemente negativo na competitividade das empresas nacionais, principalmente das de 2a. geração, mais suscetíveis à concorrência de produtos similares importados.
As três petroquímicas de 1a. geração, Petroquímica União, Braskem-Unidade de Insumos Básicos e Copesul, são de capital predominantemente nacional, como também a maioria das de 2a. geração, entre estas destacando-se Braskem, Oxiteno, Petroflex e Ipiranga. No entanto, empresas mundiais, como p. ex., Dow Química, Rhodia, Basell (associação petroquímica entre Basf e Shell), Solvay e outras, têm aqui expressiva presença na 2a. e na 3a. gerações através de suas filiais, algumas delas já instaladas antes do surgimento dos pólos petroquímicos. As empresas globais se distinguem das nacionais pelos produtos de maior valor agregado, atuando destacadamente na área de especialidades químicas, com forte conteúdo tecnológico, constantemente atualizado e ampliado através do apoio dos centros de P&D localizados nos países de origem.
Mesmo após as reestruturações ocorridas neste ano, a indústria petroquímica no Brasil encontra-se ainda pulverizada em um grande número de empresas, apresentando um nível de verticalização extremamente baixo ao contrário do que ocorre no resto do mundo. Assim é que, em 2001, no pólo de São Paulo, representado por unidades de Capuava, Santo André e Paulínia, existiam nada menos do que 24 diferentes empresas de 2a. geração; em Camaçari-Ba, estavam instaladas 19 empresas de 2a. geração, além da Copene, que é como era chamada a atual Unidade de Insumos Básicos da Braskem; e em Triunfo, a Copesul abastecia 7 empresas de 2a. geração. Além disso, é comum a presença de uma mesma empresa nos três grandes pólos.
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