segunda-feira, setembro 13, 2010

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EXIGE ESTUDO DE SÍSMICA


O ano de 2010 será promissor para a atividade exploratória no Brasil, tanto em ritmo de trabalho como em relação a novas descobertas. A estimativa é e que mais de 200 novos poços sejam perfurados na Bacia Sedimentar brasileira, com um investimento da ordem de US$ 5 bilhões na pesquisa para a descoberta de novos reservatórios e na confirmação da comercialidade das descobertas feitas anteriormente.
A busca de conhecimento das bacias sedimentares brasileiras garantirá também o retorno da atividade em áreas sem exploração há um bom tempo. A programação das petroleiras prevê a realização de levantamentos sísmicos terrestres na Bacia do São Francisco, em curso no momento, e na Bacia do Paraná, área sedimentar que se estende pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A sísmica analisa tremores causados por fatores que não são naturais e as suas consequências. Um exemplo é a perfuração de poços de petróleo que causam pequenos abalos sísmicos.
“A sísmica é o principal método para a descoberta dos reservatórios de hidrocarbonetos, pois é o melhor indicador das estruturas onde o óleo e o gás possam estar armazenados”

Para a prospecção do petróleo, é fundamental a presença de alguém que entenda do assunto. O petróleo fica nos poros de uma rocha e para retirá-lo, injeta-se água e a pressão estoura a pedra. Uma das funções do especialista em sísmica é colocar um senso para se monitorar onde ocorreu o maior número de fraturas. Provavelmente é ali onde o petróleo será retirado mais facilmente.
Segundo o geólogo e secretário-executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás Natural (ABPIP), Paulo Guimarães, a sísmica é estudo vital na exploração de petróleo. “A sísmica é o principal método para a descoberta dos reservatórios de hidrocarbonetos, pois é o melhor indicador das estruturas onde o óleo e o gás possam estar armazenados. Dessa forma, ela concentra a maior parte dos investimentos em exploração”, afirmou em entrevista a Nicomex Notícias.
De acordo com o geólogo, no Brasil, um dos centros de referência em estudos sísmicos no setor de petróleo, é o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cempes), que conta com quase 2.000 empregados e 137 laboratórios que atendem aos órgãos da Companhia. “Além do Cempes, a Petrobras desenvolve, já a cerca de quatro décadas, um forte intercâmbio com as Universidades brasileiras, especialmente em sísmica. Isso possibilitou a vinda dos maiores especialistas mundiais, a formação de centenas de mestres e doutores e uma enorme produção científica de nível internacional”.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

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