segunda-feira, agosto 30, 2010

Braskem: Ebitda do 2T10 cresce 15% e supera R$ 1 bilhão


Quattor dobra o Ebitda, para R$ 214 milhões, com margem de 15%.

O mercado internacional de resinas termoplásticas foi marcado por alta de preços até maio, quando reverteu a tendência em razão dos efeitos do agravamento da crise econômica na Europa e da desaceleração da economia chinesa. Esse cenário causou um leve recuo da demanda por resinas no mercado doméstico em junho, já que os clientes preferiram consumir estoques à espera de um realinhamento de preços, que efetivamente começou a ocorrer naquele mês.

A Braskem confirmou a mudança em seu patamar de Ebitda – lucro antes dos impostos, taxas, depreciações e amortizações – após a aquisição da Quattor e dos ativos de polipropileno da Sunoco Chemicals nos Estados Unidos, superando a marca de R$ 1 bilhão no segundo trimestre, com crescimento de 15% sobre o trimestre anterior. A margem Ebitda aumentou 1,4 ponto percentual, alcançando 15,9% no trimestre.

Essa evolução reflete o melhor desempenho tanto dos negócios da Braskem quanto da Quattor. Neste 1º semestre, o Ebitda superou R$ 2 bilhões, com margem de 15,2%. E no acumulado dos últimos 12 meses, o Ebitda atingiu R$ 3,8 bilhões, o que representa um crescimento de 9% sobre o valor registrado ao final do primeiro trimestre.

Segundo Bernardo Gradin, presidente da Braskem, “a economia brasileira vem demonstrando fôlego a cada trimestre, fazendo com que a demanda por resinas se sustente em níveis elevados. Esse contexto contribuiu para o bom desempenho operacional da Braskem como um todo, especialmente a recuperação das operações da Quattor, refletindo a atuação da nova gestão da Companhia, sempre com objetivo de melhor atender ao mercado brasileiro. Começamos neste segundo trimestre a colher os ganhos da integração com a Quattor, que apresenta oportunidades de sinergias estimadas em cerca de R$ 400 milhões em Ebitda anual e recorrente a partir de 2012, confirmando o potencial de criação de valor da aquisição”.

A receita líquida da Braskem alcançou R$ 6,5 bilhões no segundo trimestre, 4% superior à apresentada no trimestre anterior. Os preços médios de resina e a alta de preços de petroquímicos básicos, como propeno, butadieno e benzeno, no mercado internacional, foram fatores que impactaram positivamente a receita do 2T10. No acumulado deste ano, a receita líquida pro forma (consolidando os resultados das empresas adquiridas) foi de R$ 12,8 bilhões, um aumento de 34% em relação aos primeiros seis meses de 2009, dentro dos mesmos critérios.

As vendas totais de resina da Braskem foram de 1.235 mil toneladas, com queda de 2% em relação ao 1T10, apesar da alta de 3% no volume de produção, por conta do consumo de estoques pelos clientes conforme já mencionado. No desempenho da Quattor, cabe destacar que os crackers operaram a uma taxa média de 83% de utilização de capacidade, 16% acima do trimestre anterior, devido a maior estabilidade no fornecimento de matéria-prima.

As vendas de mercado externo no 2T10 totalizaram US$ 1,2 bilhão (32% da receita líquida), em linha com o valor verificado no 1T10, impulsionadas pelas oportunidades de colocação dos petroquímicos básicos no mercado externo. Por sua vez, o nível das importações de resinas permaneceu alto no segundo trimestre, estimuladas principalmente pelas isenções tarifárias oferecidas em portos incentivados.

O lucro líquido da Braskem foi de R$ 45 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 132 milhões registrado no 1T10.

A Companhia reduziu sua dívida bruta em dólares em 18% no encerramento do segundo trimestre, mediante o pagamento antecipado de dívidas mais onerosas, no montante de R$ 4,1 bilhões. Na mesma linha, a dívida líquida teve redução de 19%. Essa redução, associada ao crescimento do ebitda nos últimos doze meses em 9%, assegurou a queda da alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/Ebitda de 3,12x no 1T10 para 2,84x no 2T10.

A Braskem obteve o menor prêmio sobre o mercado secundário para nova emissão desde a turbulência originada pela crise da Grécia em maio, ao captar US$ 350 milhões na reabertura do bônus com vencimento em 2020 emitido inicialmente no montante de US$ 400 milhões. Nesta nova etapa, o rendimento para os investidores foi de 6,875% ao ano, inferior à emissão realizada em maio/2010, refletindo a percepção dos investidores sobre melhoria do crédito da Companhia. Além disso, foi concluída em junho a captação de R$ 300 milhões em FIDC, a um custo ponderado de CDI + 1,58% a.a., visando ampliar o capital de giro e manter o crédito aos clientes, reforçando a contínua capacidade da Braskem de acesso aos diversos mercados de crédito em diferentes momentos de liquidez.

Em linha com seu compromisso com a disciplina de capital e a realização de investimentos com retorno acima de seu custo de capital, a Braskem realizou R$ 621 milhões em investimentos no primeiro semestre, sem incluir juros capitalizados. Deste montante, R$ 251 milhões foram destinados à planta de Eteno Verde, que deverá entrar em operação ainda em agosto. Cerca de R$ 133 milhões adicionais referem-se a investimentos realizados na Quattor, na Braskem America e a aporte no projeto Etileno XXI, no México.

“Ainda que a evolução da economia internacional exija acompanhamento cauteloso, a Braskem permanece confiante em sua capacidade de geração de resultados e agregação de valor, realizando investimentos em expansão de capacidade para acompanhar o crescimento do mercado, tendo em vista sua visão estratégica de tornar-se a líder mundial da química sustentável, inovando para melhor servir as pessoas”, afirma Bernardo Gradin.

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. www.braskem

Fonte; http://www.revistafator.com.br/

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